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Bancos de Wall Street elevam previsão do preço do petróleo

Bancos como Goldman Sachs, JP Morgan e Morgan Stanley aumentaram as expectativas para os preços internacionais do petróleo

Foto: CanvaPro
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O Goldman Sachs, JP Morgan e Morgan Stanley, alguns dos principais bancos de Wall Street, elevaram suas previsões de preços do petróleo para 2025, considerando as crescentes incertezas sobre o impacto da política comercial e energética dos EUA, em pesquisa compilada.

A expectativa desses bancos é que o barril do petróleo Brent – referência global – tenha uma média de US$ 73,01, ante US$ 71,57 da última pesquisa, e o WTI – referência dos EUA – se mantenha em US$ 68,96, ante US$ 67,44 registrado anteriormente. 

Já para o primeiro trimestre, a previsão é que os preços do Brent e WTI atinjam US$ 75,33 e US$ 71,22 o barril, respectivamente.

As ordens executivas e os comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, foram os principais impulsionadores dos preços do petróleo nas últimas duas semanas e, provavelmente, continuarão a fomentar a incerteza.

Bancos tradicionais devem ‘puxar a mão’ do Ibovespa em 2025

Se em 2024 os bancos tradicionais lutaram e perderam no mercado acionário, devido às constantes perspectivas de piora no quadro econômico brasileiro, este ano os papéis parecem estar se restaurando das cinzas. Nas primeiras semanas de janeiro, as ações têm acumulado altas, o que, na visão de analistas, já aponta um caminho mais sólido ao longo do período.

Até o momento, as ações dos principais bancos tradicionais, Itaú (ITUB4)Banco do Brasil (BBAS3)Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) tem se destacado bem e servido como uma base para as tímidas tentativas de recuperação do Ibovespa, principal índice acionário brasileiro.

Luciano Bravo, CVO da Inteligência Comercial, ressaltou que 2024 foi marcado por um “boom” de recuperações judiciais, o que espalhou uma inadimplência no mercado e “afetou muito os bancos que estavam mais expostos”.

“Quando olhamos para o ano de 2025, já notamos que este ano será um ano muito mais sólido e conciso para as ações do banco, principalmente porque com o aumento da Selic, os bancos acabam tendo um grande aporte em renda fixa, onde é mais seguro”, disse.

Por sua vez, Nicolas Merola, gestor da Skopos Investimentos, explicou que a cautela adotada no ano passado deixou “bastante margem de manobra” para 2025. Porém, ainda é preciso que as perspectivas futuras para a economia melhorem, para elevar também o setor.

“O cenário está dado, não será fácil operacionalmente navegar um ambiente de juros mais altos e provavelmente de crescimento de inadimplência, mas se as perspectivas de 2026 melhorarem, os preços tendem a subir para aqueles que fizeram bem o dever de casa em 2024”, afirmou.