Bancos fecham em queda após fala de Haddad sobre fim de JCP

As ações dos bancos tiveram um desempenho ruim no pregão do Ibovespa nesta segunda-feira (24)

As ações dos bancos tiveram um desempenho ruim no pregão do Ibovespa nesta segunda-feira (24) e foi um dos setores que amargou os maiores prejuízos na sessão. 

O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em queda de 2,14%, o Bradesco (BBDC4) recuou 3,22%, já o Banco do Brasil (BBAS3) desvalorizou 1,79%, enquanto o Santander (SANB11) caiu 0,77%. 

Analistas atribuem o resultado a fala do ministro da Economia, Fernando Haddad, sobre o futuro do JCP (juros sobre capital próprio). Segundo o petista, governo estuda acabar com a medida na tentativa de elevar a arrecadação para zerar o déficit das contas públicas em 2024, algo previsto no novo arcabouço fiscal.

“É uma das medidas que está sendo elaborada pela Fazenda”, revelou Haddad a jornalistas na porta do Palácio do Planalto, onde participou de uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).

Em abril deste ano, o “Estadão” havia informado que Haddad pediu à sua equipe alguns estudos sobre o JCP, mecanismo que as empresas utilizam para distribuir lucros a seus acionistas. “Tem empresas que não têm mais lucro e, portanto, não pagam imposto de renda. O que elas fizeram? Transformaram o lucro artificialmente em Juro sobre Capital Próprio”, disse Haddad na época.

O setor bancário é um dos que mais fazem uso intenso do mecanismo para remunerar acionistas e sofre porque a medida aumentaria a carga tributária das empresas.

Ibovespa fecha em alta, impulsionado por Vale; dólar cai

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a segunda-feira (24) em alta de 0,94%, aos 121.341 pontos. Já o dólar caiu 0,99%, cotado a R$ 4,73.

No cenário local, os investidores aguardam a divulgação do IPCA 15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) — considerado a prévia da inflação oficial do País, que ocorrerá na próxima terça-feira (25). A expectativa de mercado é de uma leve deflação na comparação mensal.

Além disso, na próxima terça-feira também será divulgado o novo boletim Focus, que foi adiado em virtude do ponto facultativo para o jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino.

No exterior, o mercado aguarda a decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), que irá definir o novo patamar de juros dos EUA. A expectativa do mercado é que a autarquia faça um novo aumento da taxa básica norte-americana de 0,25 ponto percentual.

Ainda no exterior, a semana terá a publicação da primeira estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do 2º trimestre.

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