O Morgan Stanley e o Bradesco BBI reforçaram suas perspectivas positivas para as empresas de papel e celulose na B3, mesmo com o câmbio sendo desfavorável recentemente. Os analistas reforçam que, apesar da queda do dólar, a oferta mais restrita de commodities deve manter o preço dos produtos em alta, favorecendo as exportações dessas companhias.
As ações da Suzano (SUZB3) disparam 5,12% na sessão desta quinta-feira (27). A empresa anunciou que vai aumentar o preço da celulose de fibra curta (BEKP) em US$ 30 por tonelada na Europa e em US$ 40 na América do Norte, de acordo com informações citadas pelo Morgan Stanley da RISI. O anúncio veio cerca de duas semanas após a Suzano anunciar elevação de preços na Ásia.
Segundo eles, os preços da fibra estão subindo bem mais do que o previsto. O Morgan Stanley reiterou sua classificação com exposição acima da média do mercado (overweight) para Klabin e Suzano, assim como para as chilenas CPMC e Copec.
Ainda em destaque, a finlandesa UPM anunciou que as atividades na sua planta de celulose e eucalipto em Paso de los Toros, no Uruguai, devem iniciar sua produção apenas ao final do primeiro trimestre de 2023. A previsão anterior era de que as atividades começassem na segunda metade deste ano.
Em relatório, o Bradesco BBI afirma que o adiamento do projeto já era esperado, diante de atrasos na cadeia produtiva, como a entrega de equipamentos fora do prazo, além de casos de Covid e a dependência do governo uruguaio para a construção de um terminal marítimo em Montevidéu.
O banco manteve recomendação outperform (acima do desempenho do mercado) para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11).