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Bayer reduz 95,4% dos dividendos por conta de dívida

A redução do valor dos dividendos faz parte do novo modelo operacional da Bayer, um corte de vagas visando para melhorar a performance.

A Bayer (BAYGn) divulgou, nesta segunda-feira (19), a redução em 95,4% do valor de seus dividendos. A estratégia seria uma maneira de reduzir também sua dívida. 

De acordo com a agência Dow Jones, a quantia paga pela Bayer em um dividendo será de €$ 0,11 por ação, referente ao exercício de 2023. O conglomerado alemão, em 2022, chegou a pagar €$ 2,40 por ação. 

Apesar da redução, os investidores receberam bem a notícia, segundo a agência de notícias. Por isso, as ações fecharam com alta de 1,01% na Bolsa de Valores de Frankfurt. Em assembleia, a ser realizada em 26 de abril,  os acionistas da companhia vão deliberar sobre o tema. 

A redução do valor dos dividendos faz parte do novo modelo operacional da Bayer, que, além disso, inclui também um corte de vagas visando a melhoria de sua performance operacional.

Investidores querem US$ 2,5 bi em processo contra Bayer

Como parte de um possível processo coletivo na Alemanha pela aquisição da fabricante de sementes norte-americana Monsanto, investidores estão pedindo cerca de US$ 2,5 bilhões da Bayer.  

O escritório de advocacia Tilp disse, em 03 de janeiro, que, até 30 de dezembro, a quantia cobria processos judiciais de cerca de 320 investidores, tanto institucionais quanto de varejo, que haviam sido movidos no tribunal distrital de Colônia. 

Isso é o equivalente a um salto significativo em relação aos mais de 250 investidores exigindo indenizações de mais de 1 bilhão de euros que a Tilp divulgou em dezembro. 

A Tilp acredita que a Bayer enganou os acionistas referente aos riscos de ações judiciais pendentes de consumidores nos EUA relacionadas ao herbicida Roundup, que foi integrado na empresa com a aquisição da Monsanto por 63 bilhões de dólares em 2016. 

A empresa, por outro lado, disse em um comunicado enviado por e-mail que todas as reclamações eram infundadas, acrescentando que a empresa cumpriu a lei e os requisitos de divulgação. 

“Além disso, estamos convencidos de que realizamos a devida diligência em relação à aquisição da Monsanto”, argumentou a Bayer.