O Banco do Brasil (BBAS3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 9,44 bilhões no último trimestre de 2023, marcando um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação trimestral, o indicador teve um acréscimo de 7,5%.
Essa performance superou as expectativas dos analistas, com o consenso da LSEG (antiga Refinitiv) prevendo um resultado de R$ 9,12 bilhões. O lucro do BB foi o mais alto do setor bancário no trimestre, ficando ligeiramente acima dos R$ 9,04 bilhões registrados pelo Itaú (ITUB4).
No acumulado do ano, o Banco do Brasil alcançou um lucro líquido de R$ 35,6 bilhões, representando um aumento de 11,4% em comparação com 2022.
A rentabilidade do BB, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), atingiu 22,5%, o que o coloca como o banco varejista com maior rentabilidade. Houve uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, mas um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
O crescimento do lucro foi impulsionado pelo aumento da margem financeira bruta, decorrente do crescimento dos volumes e taxas da carteira de crédito, juntamente com as receitas de juros dos títulos em tesouraria. No quarto trimestre, a margem financeira bruta alcançou R$ 25,77 bilhões, representando um aumento de 8,8% em relação ao trimestre anterior e de 20,1% em relação ao ano anterior.
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil totalizou R$ 1,1 trilhão em 2023, com um crescimento de 10,2% em 12 meses e de 4% em relação ao trimestre anterior. O destaque foi o segmento do agronegócio, que representa um terço da carteira do BB e registrou um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior.
O índice de inadimplência da carteira, medido pelos atrasos superiores a 90 dias, foi de 2,92%, com um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior e de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.