Previsão de mercado

BB (BBAS3): rentabilidade deve recuar quase 20%, aponta BBI

Se a previsão se concretizar, o BB deve encerrar o período abaixo de 20%, número considerado ‘mágico’ por analistas

Banco do Brasil (BBAS3)
Banco do Brasil (BBAS3) / Foto: Divulgação

A rentabilidade do BB (BBAS3), que é medida pelo ROE (retorno sobre o capital), deve recuar quase três pontos no primeiro trimestre de 2025, a 18,6%, segundo uma previsão do Bradesco BBI em relatório.

Se a previsão se concretizar, o BB deve encerrar o período abaixo de 20%, número considerado ‘mágico’ por analistas. O banco está mantendo sua rentabilidade acima dessa marca desde o segundo trimestre de 2022.

Além disso, o BBI acredita que a estatal iniciará o ano com pressão, em reflexo às provisões mais altas. 

Nos últimos trimestres, o BB tem tido problema com a inadimplência rural, que deve pesar, segundo o Money Times, ao passo que a receita líquida de juros pode ser prejudicada por receitas com floating menores, devido a depósitos sazonalmente mais fracos.

O ROE do BB sofreu uma queda de 1,68 ponto percentual no quarto trimestre, a 20,3%. Mesmo assim, a administração está confiante que o banco seguirá entregando rentabilidade acima dos 20% em 2025.

Ao mesmo tempo, o Bradesco BBI também previu que o lucro ficará em R$ 8,7 bilhões, o que representa uma queda de 9% no ano e 6,2% no trimestre.

Apesar das cifras, a recomendação do Bradesco BBI continua de compra, com preço-alvo de R$ 37.

BB (BBAS3) recebe grau de investimento no Japão

Uma série de encontros com entidades e empresários japoneses estão sendo realizados pelo Banco do Brasil (BBAS3) nesta semana. O banco recebeu classificação de grau de investimento de uma agência de classificação de risco do país, onde atua desde 1972. 

Foi anunciado pelo banco que a JCR, uma das principais agências de classificação de risco do país, também lhe concedeu o grau de investimento. De acordo com o Banco do Brasil, a nota foi concedida diante da solidez financeira do banco e de sua governança, e da atuação no comércio BrasilJapão.

“A área internacional do banco tem atuado com protagonismo, sempre com soluções inovadoras e alinhadas às demandas dos mercados globais. Nossa rede externa exerce um papel fundamental no suporte aos clientes brasileiros, em especial as empresas exportadoras, segmento no qual o BB é líder”, disse o vice-presidente de Negócios de Atacado, Francisco Lassalvia.

O BB tem agências em Tóquio, Nagoia e Hamamatsu, além de um serviço itinerante, o BB Móvel. Visando a diversificação e a integração de atividades, o conglomerado tem reforçado a atuação no país asiático. Um dos pilares é o financiamento ao comércio exterior.

Além disso, o BB assinou um memorando de entendimentos com a JP-MIRAI, uma instituição sem fins lucrativos vinculada à JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão), segundo o “InfoMoney”.

O objetivo do documento é ampliar a oferta de produtos financeiros voltados à sustentabilidade e ao impacto social. O Donation Time Deposit, produto voltado a investidores que buscam fomentar práticas ESG, é um dos destaques do negócio.

O memorando foi assinado durante o Fórum Econômico Brasil-Japão, realizado no país e que contou com uma comitiva do banco, liderada pela presidente, Tarciana Medeiros.

“O Banco do Brasil tem um compromisso histórico com as pessoas, com as comunidades que atendemos dentro e fora do país. Essa parceria com a JP-MIRAI reforça nosso propósito de apoiar, com responsabilidade e inclusão, a comunidade japonesa e os brasileiros que vivem no Japão, oferecendo soluções financeiras sustentáveis e acessíveis”, disse Tarciana em nota, de acordo com o veículo.