O Banco Central comunciou ao mercado, um novo atraso para a divulgação do Relatório de Mercado Focus desta semana. A publicação, que já havia sido adiada desta segunda-feira (19) para a terça-feira (20), agora irá ao ar apenas na quinta-feira (22), no horário normal de 8h25. O motivo é uma paralisação de 48 horas pelos funcionários do BC.
No dia 9 de fevereiro, os funcionários do BC rejeitaram a contraproposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos durante as negociações. A proposta do governo era um reajuste salarial de 13%, dividido em parcelas a serem pagas nos anos de 2025 e 2026.
A proposta apresentada não atendeu às demais demandas dos servidores, incluindo a solicitação de estabelecimento de um bônus de produtividade, a exigência de formação de nível superior para o cargo de Técnico, e a alteração do nome do cargo de Analista para Auditor.
Além de aumentar a entrega de cargos comissionados, os sindicatos dos funcionários do Banco Central anunciaram uma paralisação completa das atividades entre terça e quarta-feira.
No dia 9 de fevereiro, o Banco Central emitiu uma nota reconhecendo a validade das reivindicações dos servidores e o direito destes de realizarem manifestações organizadas. O órgão garantiu que “o movimento não tem afetado o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas”.
BC: sindicatos marcam greve e servidores entregam cargos de chefia em massa
Após a aguardada reunião com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), os colaboradores do Banco Central (BC) recusaram a contraproposta apresentada pelo governo federal durante a Mesa Específica de Negociação da categoria. Além disso, optaram por aumentar a entrega de cargos comissionados e declararam uma paralisação total de 48 horas para os dias 20 e 21 deste mês.
Em dezembro, os funcionários do Banco Central votaram a favor da adoção do “estado de greve geral” no órgão e já realizaram uma paralisação de 24 horas em 11 de janeiro. Nesse momento, mais de 70% da categoria aderiu ao movimento.
“Estamos chegando em velocidade alarmante a um ponto de não retorno. Sem uma proposta que reverta essa situação de crise, o BC, que está em grave risco hoje, pode colapsar. E isso nos deixa com uma reflexão: a quem interessa um Banco Central sucateado e enfraquecido?”, afirmaram os três sindicatos da categoria, em nota conjunta.