O Banco Central (BC) anunciou a realização de um leilão adicional de “swap cambial”. A ação implica na venda de dólar no mercado futuro, sem utilizar as reservas de moeda estrangeira do país.
Esta é uma intervenção indireta no mercado de câmbio, sendo a primeira durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os contratos de “swap”, embora sejam negociados no mercado futuro, exercem influência sobre a cotação do dólar no mercado à vista.
O termo “swap” denota uma troca e, no caso do swap cambial, envolve a permuta de fluxos de caixa baseados em duas moedas distintas (real e dólar).
BC explica
O Banco Central justificou o swap devido aos impactos decorrentes do resgate de Notas do Tesouro Nacional, subsérie A3 (NTN-A3), títulos vinculados ao câmbio.
O resgate desses títulos está agendado para o dia 15 de abril.
Portanto, é benéfico para o governo adotar essa medida para evitar um aumento na cotação do dólar em resposta à alta demanda pela moeda.
Como funciona
No leilão, o Banco Central determina a quantidade de contratos e a taxa de swap.
Os participantes do mercado, como bancos e outras instituições financeiras, então fazem ofertas com base nos contratos estabelecidos.
Uma vez estabelecidos, os contratos têm uma data de vencimento predeterminada, quando ocorre o ajuste financeiro entre as partes, baseado na variação da taxa de câmbio e das taxas de juros pertinentes.
BC: Focus eleva projeção para o PIB e mantém da inflação
O Boletim Focus do BC (Banco Central), divulgado nesta terça-feira (2), apresentou avançanas estimativas para o PIB em 2024. A projeção para inflação, por outro lado, não sofreu alteração em relação à última semana.
Ao longo da última semana, a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal medidor da inflação no país, se manteve estável no patamar de 3,75%.
Para 2025, o Boletim manteve a estimativa em 3,51 %. Sem alterações, as projeções para 2026 e 2027 são de 3,50%.