Investimentos

BC estuda corrigir assimetria de prazos de LCIs e LCAs

O prazo mínimo para resgate desses títulos passou a ser de noves meses nas LCA e 12 meses nas LCI

Banco Central / BC
Banco Central (BC)/ Foto: BC

O diretor de regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, afirmou nesta quinta-feira (22) que as recentes alterações nas regras para emissão das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) foram realizadas de maneira “cirúrgica”.

No entanto, ele reconheceu a possibilidade de uma “inconsistência”, destacando a assimetria nos prazos de resgate das LCIs em relação às Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

“A questão de assimetria do prazo da LCA está no radar e estamos estudando [mudanças]”, afirmou Damaso.

Em fevereiro, uma alteração determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu um prazo mínimo de nove meses para o resgate das LCA e de 12 meses para as LCI.

Segundo Damaso, essa diferença nos prazos pode parecer inadequada, especialmente para o investidor de varejo, que vê as LCAs e LCIs como instrumentos similares.

As declarações do diretor de regulação do BC foram feitas durante um evento realizado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em São Paulo.

Durante o painel, Damaso ressaltou a crescente relevância do mercado de capitais e dos instrumentos bancários no financiamento imobiliário, observando que a poupança não deve exibir o mesmo dinamismo que teve no passado.

“É consenso que a poupança vai reduzir a participação como funding do financiamento imobiliário. Já estamos percebendo isso”, afirmou. Esse produto, no entanto, não deve desaparecer, considerando o “apelo cultural”.

Ele também afirmou que não acredita em mudanças estruturais capazes de revitalizar a poupança e fazê-la voltar a ser pujante. “Em alguns momentos se pensou em mudar, mas há vários dilemas no caminho que não conseguimos equacionar”, explicou.

Galípolo: BC vai obter ‘o máximo de dados’ para decisão sobre Selic

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (19) que a instituição vai aguardar as próximas quatro semanas até o encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) de setembro para obter “o máximo de dados” e “estar aberta” à decisão sobre a Selic (taxa básica de juros).

As falas de Galípolo ocorreram durante o evento Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, em Belo Horizonte. O diretor reforçou a ideia de que o BC depende de dados e que, até a sua próxima decisão de política monetária, vai observar indicadores como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Além disso, Galípolo também acrescentou que a entidade precisa de números da economia norte-americana e falas do chair do Fed (Federal Reserve), BC dos EUAJerome Powell.

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