O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou Gabriel Galípolo como novo diretor de políticas monetárias do BC (Banco Central), na manhã desta segunda-feira (8). “A primeira vez que ouvi o nome dele para o Banco Central partiu de Roberto Campos Neto”, afirmou Haddad. Segundo Haddad, a indicação de Galípolo tem como objetivo “aumentar a integração do Banco Central como Ministério da Fazenda”.
Galípolo assumirá a pasta que foi o principal alvo da disputa entre o governo federal e o copom porque tem influência direta na decisão sobre juros. Fontes do governo chegaram a vazar nomes antes da confirmação de Galípolo.
Gabriel Galípolo
Galípolo é secretário executivo da Fazenda, considerado o cargo “número 2” da pasta.
O atual braço direito de Haddad é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo e chamou atenção ao participar de um jantar com empresários na companhia de Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores. O evento, organizado pelo grupo Esfera Brasil, reuniu nomes de peso do empresariado e mercado financeiro, como André Esteves (BGT Pactual) e Abílio Diniz (Grupo Península).
Na ocasião, Galípolo já era visto como possível nome capaz de promover uma integração entre o então candidato à presidência do PT e o mercado. O perfil “fora da caixa” do economista também chama atenção de ortodoxos de forma geral. Nesse sentido, defende conceitos econômicos desenvolvimentistas, como o apoio do Estado na industrialização e a crítica ao teto de gastos.
Haddad diz que novos diretores do BC serão definidos nesta semana
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), revelou nesta terça-feira (2) que a definição dos dois novos diretores do Banco Central deverá ser feita ainda nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração de Haddad foi feita durante conversa com jornalistas na sede da pasta, em Brasília.