Em 2025

BC intensificará medidas de portabilidade de crédito, diz diretor

A estratégia será aplicada de forma gradual, inicialmente em operações de menor complexidade, explicou diretor do BC

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BC / Foto: Reprodução

O Banco Central (BC) intensificará seus esforços no tema da portabilidade de crédito e salários entre instituições financeiras, com o objetivo de tornar essas operações mais simples, fluidas e eficientes, afirmou o diretor de Regulação da autarquia, Otavio Damaso, nesta sexta-feira (13).

Durante um evento promovido pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), Damaso explicou que a implementação das novas medidas começará no próximo ano. A estratégia será aplicada de forma gradual, inicialmente em operações de menor complexidade.

Posteriormente, o foco se expandirá para áreas mais complexas, como o crédito imobiliário, com o objetivo de aprimorar a portabilidade em todas as esferas do sistema financeiro.

BC pode cortar juros no 1S25 se governo tiver compromisso fiscal 

Com o Brasil iniciando um ciclo de juros, que deve começar em setembro, o intervalo entre altas e cortes de juros pelo BC (Banco Central) pode ser menor se o governo demonstrar com mais clareza o compromisso com as regras fiscais vigentes no país. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (12) pelo economista-chefe do BTG Pactual (BPAC11), Mansueto Almeida.

Segundo Mansueto, que também foi ex-secretário do Tesouro Nacional, os cortes de juros pelo BC, nesse cenário positivo, poderiam ocorrer já no primeiro semestre de 2025.

“As expectativas de inflação para os próximos anos se afastaram das metas, e é difícil saber se este vai ser um ciclo de 1,5 ponto percentual ou de 2 pontos de alta da Selic. O que é claro é que recomendamos ter altas de juros em setembro, novembro, dezembro e janeiro. Mas que acredite, se o governo mostrar que vai cumprir o fiscal, isso deve nos aproximar dos cortes de juros”, disse Mansueto, de acordo com o “Valor”.

Mansueto participou de um evento organizado pela agência de classificação de risco Fitch Ratings. No cenário base do BTG, a Selic (taxa básica de juros) deve chegar a 12% no início de 2025.

Na avaliação do economista, se o governo demonstrar um compromisso real com as regras fiscais, um ambiente muito mais favorável seria criado no Brasil. “Poderíamos ter queda de juros ainda no primeiro semestre do ano que vem. E isso não traria apenas uma queda no juro curto, que é controlado pelo BC, mas também nos juros de longo prazo”, disse ele.

“Vamos lembrar que as taxas das NTN-Bs chegaram o ano por volta de 5,3% e hoje estão acima de 6%, o que impacta nossos investimentos e também no financiamento da dívida. O governo precisa ser muito mais claro do ponto de vista fiscal”, completou.