Sem planos

BC jamais vai regulamentar Inteligência Artificial, diz diretor

"Na parte da regulação não tem no 'pipeline' nenhum projeto nosso de regulamentar", afirmou diretor de Regulação do BC

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Inteligência Artificial / Divulgação

O diretor de Regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, afirmou nesta terça-feira (21) que não há planos imediatos para lançar qualquer iniciativa de regulamentação específica para a inteligência artificial (IA).

“Na parte da regulação não tem no ‘pipeline’ nenhum projeto nosso de regulamentar”, afirmou Damaso durante palestra promovida pela Fenasbac, federação de servidores do BC, sobre IA no sistema financeiro.

“A gente encara isso (IA) como uma tecnologia, pode ser que a gente venha a discutir… uma forma de conhecer e mapear onde está sendo aplicada e os riscos que podem ser inerentes a ela, mas a tecnologia jamais a gente vai regulamentar”, acrescentou o diretor, sem oferecer mais informações sobre como se daria um eventual monitoramento da inteligência artificial.

Damaso também enfatizou a importância de o Banco Central monitorar as medidas adotadas pelas instituições financeiras para evitar o mau uso da inteligência artificial, como tentativas de violar os sistemas de segurança dos bancos.

No entanto, Damaso não especificou os detalhes sobre como ou quando esse acompanhamento seria realizado pelo BC.

BC: pressão externa no câmbio justifica cautela, diz ex-diretor

O ex-diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Reinaldo Le Grazie, declarou que a pressão no câmbio é causada principalmente pelo estreitamento entre as taxas de juros no Brasil e nos EUA. Ele disse que esse movimento justifica a cautela da autarquia em relação aos juros.

A redução das apostas no corte da Selic (taxa básica de juros), reforçada pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), começou a ser observada quando o Fed (Federal Reserve), o BC dos EUA, sinalizou que o corte da sua taxa deve demorar mais do que o esperado.

“O BC é sensível a isso, pois afeta o fluxo de capitais”, disse o ex-diretor, de acordo com a “Bloomberg”. Ele atuou na instituição entre 2016 e 2019.