A posição cambial líquida do Banco Central atingiu a marca de US$ 236,266 bilhões, com base nos dados referentes ao dia 15 de dezembro, segundo informações divulgadas pela instituição monetária.
Conforme os dados do BC, a posição cambial líquida encerrou o mês de novembro em US$ 231,600 bilhões, em comparação com os US$ 220,995 bilhões registrados no final de 2022.
A posição cambial líquida reflete os recursos disponíveis para que o Banco Central possa atender a possíveis demandas por moeda estrangeira, como a provisão de liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.
O órgão considera esse indicador como a medida apropriada para avaliar a capacidade do país em resistir a impactos externos.
Essa posição é calculada levando em consideração diversos elementos, tais como as reservas internacionais, o volume de operações de linha do Banco Central (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Reservas internacionais
Ao final da semana que precedeu o dia 21, as reservas internacionais totalizaram US$ 353,143 bilhões, em comparação com os US$ 348,406 bilhões registrados no encerramento de novembro.
No mês de dezembro de 2022, o valor das reservas internacionais foi de US$ 324,703 bilhões, representando o nível mais baixo desde março de 2011, quando estava em US$ 317,1 bilhões.
Banco Central estima que inflação feche o ano em 4,6%
A inflação do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), deve fechar o ano em 4,6%, e a chance de que o índice estoure a meta caiu de 67% para 17%. As informações constam do relatório de inflação do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (21) pelo BC (Banco Central).
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%. As informações são da Agência Brasil.
“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução significativa da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior da meta para 2023 (4,75%) que passou de cerca de 67% no relatório anterior para 17% neste relatório. Essa alteração reflete a queda na projeção para 2023 (de 5,0% para 4,6%) e a redução da incerteza associada a um horizonte mais curto de projeção”, explica o documento.
O relatório cita ainda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano (a.a.), e diz que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025.
“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o relatório.