Real desvalorizado

BC teve perda de R$ 3 bi com swaps em dezembro até dia 13

Através desses contratos, o BC oferece proteção ao mercado financeiro quando ocorrem grandes volatilidades no câmbio

Foto: Banco Central/Reprodução
Foto: Banco Central/Reprodução

As operações de swaps em dezembro, até o dia 13, rendeu perdas de R$ 3,069 bilhões ao BC (Banco Central), conforme divulgado nesta quarta-feira (18) pela autoridade monetária.

Através desses contratos, o BC oferece proteção ao mercado financeiro quando ocorrem grandes volatilidades no câmbio.

Sendo assim, a função dos swaps não é gerar ganhos à autoridade monetária. No contrato, a instituição é perdedora quando o dólar sobe frente ao real e ganha com a valorização da moeda nacional.

Já o valor medido em reais das reservas internacionais, como resultado da variação do câmbio, diminuiu R$ 16,935 bilhões no mesmo período.

Alta na Selic traduz cautela do BC

Copom (Comitê de Política Monetária) destacou em sua ata liberada na manhã desta terça- feira (17) que a decisão do conselho foi unânime em aumentar em um p.p (Ponto Percentual) de 11,25% para 12,25%, acelerando o ritmo de altas, e demonstrando cautela de acordo com o site Valor Investe.

Com esse novo acréscimo, é esperado uma tendência de mesma magnitude pode se repetir nas duas próximas reuniões. Segundo o documento, uma série de provisões negativas se confirmaram fazendo a preocupação do órgão aumentar. Diante disso, é necessária uma postura de cautela frente a futuras adversidades, “Materialização dos riscos permitiu maior visibilidade para que o Comitê oferecesse indicação de como antecipa as próximas decisões”, afirmou o Comitê na ata.

O aumento do mercado de trabalho foi destacado, aliado a um maior rigor na liberação de linhas de crédito demonstram uma atenção à realidade do país, porém destacou uma austeridade no aumento de salários, mesmo reconhecendo o mesmo em níveis elevados.

As companhias estão absorvendo a massa trabalhadora. Com a valorização dos salários, os custos de empregabilidade aumentam, levando a um repasse no aumento do preços dos produtos, logo, um crescimento na inflação, já que as despesas estão sendo repassadas.