O BCE (Banco Central Europeu) anunciou que aumentará 0,50 ponto percentual na taxa de juros. A elevação na taxa é justificada como uma forma de controlar a inflação no bloco. Esta é a sexta vez seguida que o banco aumenta a tarifa desde julho do ano passado, quando o BCE quebrou um jejum de 11 anos e voltou a elevar os juros para combater a inflação.
A decisão do BCE pegou o mercado de surpresa, com a crise bancária causada pela queda do SVB (Silicom Valley Bank) e pela queda no valor do Credit Suisse, o mercado esperava um respiro para esta quinta-feira (16). Segundo o “Dow Jones Newswires”, os bancos europeus chegaram a pedir ao BCE o adiamento da decisão de juros.
A autoridade monetária diz estar acompanhando de perto as atuais tensões no mercado e está preparada para responder conforme necessário. No entanto, o banco destaca que a inflação segue elevada e que “o nível elevado de incerteza reforça a importância de uma abordagem dependente dos dados nas decisões do Conselho do BCE”.
Inflação dos EUA avança 6% em fevereiro
A inflação cheia, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês) variou 0,4%, em fevereiro. Com isso, a inflação na base anual ficou em 6%, próximo às estimativas do mercado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pelo Departamento do Trabalho.
Os números refletem uma queda no indicador, que apresentou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o CPI registrou aumento de 0,5%, em janeiro, e de 6,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Apesar de a inflação ainda estar longe da meta de 2%, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) pode cortar suas taxas de juros na reunião da semana que vem. A decisão deve ser influenciada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e agora do Signature Bank.
A quebra dos bancos e o risco para o sistema financeiro prometem desacelerar a economia no país norte-americano, por mais que o governo tenha tomado medidas para evitar uma contaminação generalizada, como aconteceu na crise de 2008.