As autoridades do Banco Central Europeu (BCE) demonstraram cautela em reduzir a taxa de juros durante a reunião do mês passado, identificando setembro como a próxima melhor oportunidade para avaliar um possível afrouxamento, conforme revelado na ata do encontro dos dias 17 e 18 de julho, divulgada nesta quinta-feira (22).
No mês passado, o BCE decidiu manter as taxas de juros inalteradas e ofereceu poucas indicações sobre suas próximas ações, mesmo com os investidores cada vez mais apostando em um possível afrouxamento da política monetária em setembro.
“Uma atenuação gradual da restrição da política monetária foi um ato de equilíbrio, pois também era importante não prejudicar indevidamente a economia mantendo os juros em um nível restritivo por muito tempo”, mostrou a ata.
“A reunião de setembro foi amplamente vista como um bom momento para reavaliar o nível de restrição da política monetária”, acrescentou o BCE. “Essa reunião deve ser abordada com uma mente aberta.”
Inflação deve se manter estável, mas há riscos, diz presidente do BCE
A presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, disse que a inflação na Europa deve “se manter estável”, mas que há riscos, como os geopolíticos e de os salários e lucros subirem mais do que o esperado, pressionando a alta de preços.
A declaração aconteceu após o BCE decidir manter as taxas de juros. A taxa de referência ficou em 3,75%, a taxa de refinanciamento foi mantida em 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos, em 4,5%. A manutenção ficou em linha com as expectativas do mercado.
Segundo Lagarde, a atividade econômica cresceu menos no segundo trimestre. Ela ainda afirmou que o crescimento dos salários segue elevado e a produtividade baixa.
Por outro lado, ela trouxe alívio ao dizer que eles devem “moderar ao longo do próximo ano”.