Criptomoeda

Binance consegue licença no Brasil após BC autorizar compra da Sim;Paul

A exchange afirma que poderá ser “mais eficaz no cumprimento dos avanços regulatórios em andamento”

Foto: Divulgação
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A Binance anunciou nesta quinta-feira (2) que recebeu a autorização do BC (Banco Central) para concluir o processo de aquisição da corretora brasileira Sim;Paul. Com isso, a corretora de criptomoedas terá uma licença para operar no Brasil, permitindo que a exchange ofereça valores mobiliários aos seus clientes.

Segundo a Binance, a Sim;Paul já detém licenças para emissão de EMI (moedas eletrônicas) e para a distribuição de valores mobiliários, ambas reconhecidas pelo BC.

Com a aquisição, a exchange afirma que poderá ser “mais eficaz no cumprimento dos avanços regulatórios em andamento”. Segundo a Exame, o processo de aquisição foi iniciado em 2022.

Com a conclusão da compra, a Binance poderá “localizar” suas operações. Até o momento, a corretora precisava usar intermediários financeiros para processar diferentes tipos de operações, como transferências bancárias via Pix. Agora, todas as operações poderão ser processadas diretamente pela plataforma da Sim;Paul.

FTX processa Binance e quer reaver R$ 9,8 bi para ressarcir credores

FTX, empresa falida de criptomoedas, está processando a exchange de ativos digitais Binance e o ex-CEO e fundador, Changpeng Zhao, sob alegação de “operaçao fraudulenta”. 

O caso diz respeito ao envio de US$ 1,76 bilhão (R$ 9,8 bilhões, na cotação atual) em criptomoedas, em 2021, para a recompra de parte das ações da companhia que eles detinham.

Em 2019, a Binance adquiriu 20% das ações da exchange após pagar o investimento em 1 milhão de unidades de BNB. Em 2020, foi realizada uma nova aquisição, dessa vez em ações de uma das empresas que formavam o grupo da FTX.

O argumento da FTX agora é que a operação seria fraudulenta porque o grupo liderado por Sam Bankman-Fried já enfrentava problemas financeiros e de insolvência. Ela acusa ainda o então CEO da Binance, Changpeng Zhao, de ter feito publicações “falsas, enganosas e fraudulentas” nas redes sociais para impulsionar a falência da exchange.