A exchange espanhola Bit2Me anunciou na última segunda-feira (19) que demitiu praticamente todos os funcionários e fechou suas operações no Brasil. A medida surge cinco meses após a companhia desembarcar no País.
Ricardo Da Ros, que comandava a corretora no Brasil, afirmou em seu LinkedIn que “depois de liderar uma equipe de 30 profissionais talentosos no Brasil na Bit2Me, os ventos frios bateram e tivemos que deixar de lado praticamente a equipe completa”.
A Bit2Me chegou ao mercado brasileiro em abril sendo a primeira exchange com licença de prestadora de serviços em moeda virtual na Espanha. O fundo possuía 1,1 bilhão de euros de volume anual transacionado.
Além da Bit2Me, Grupo Primo demitiu colaboradores recentemente
A Bit2Me não foi o único fundo a anunciar demissões em setembro. Recentemente, o Grupo Primo, fundado pelo investidor Thiago Nigro, cortou cerca de 40 colaboradores. Foi a segunda vez no ano que a corretora realizou uma demissão em massa.
O grupo comandado por Niro e pelo empresário Bruno Perini dispensou funcionários que trabalhavam na área de design, eventos e em outras plataformas de negócio.
Já em junho, o Grupo Primo já havia demitido 20% dos seus 280 funcionários, culminando no desligamento de ao menos 55 colaboradores.
Ecossistema para o setor financeiro, o Grupo Primo alegou ter crescido de forma acelerada no último ano, “passando de 34 pessoas em janeiro de 2021 para 280 pessoas em março de 2022”, disse em posicionamento enviado ao BP Money na época. Os cortes resultam do planejamento de negócio para reduzir essas sobreposições na operação.
Na nota enviada à reportagem, a startup apontou ter identificado “sinergias das empresas que passaram a integrar o grupo no primeiro semestre de 2022 – Grão, Spiti, Grão Gestão de Recursos e TopInvest”.
O Grupo Primo reforçou no posicionamento que projeta fechar o segundo trimestre deste ano com receita recorde. Segundo a companhia, em 2021, a receita anual teria ultrapassado R$ 120 milhões.