O Bitcoin oscila próximo de US$ 102.000 após a última pernada de baixa. Segundo Guilherme Prado, country manager da Bitget, “o movimento recente fecha um ciclo de correção que o mercado já vinha precificando nas últimas sessões”.
Nas últimas 24 horas, o comportamento indica tentativa de acomodação de preços, com investidores reavaliando risco e posição.
Análise técnica: ombro-cabeça-ombro e zonas de suporte
Para Prado, a queda validou uma estrutura de ombro-cabeça-ombro no curto prazo. “Esse desenho costuma apontar para continuidade do viés vendedor caso percas de suporte se confirmem”, afirmou.
Ele acrescenta que a leitura não é determinística: “A confirmação depende de fluxo e de como o preço reage nas faixas de suporte e resistência.”
Do lado on-chain, o indicador MVRV migrou para a chamada zona de oportunidade pela primeira vez desde março. “Quando o MVRV entra nesse intervalo, parte relevante da pressão de venda pode ter sido absorvida”, disse Prado.
Historicamente, essa leitura costuma anteceder períodos de acúmulo, ainda que a dinâmica dependa do apetite por risco.
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Suportes e resistências: US$ 100 mil e US$ 105 mil
A faixa de US$ 100.000 segue como referência central. “Se houver retomada das compras ali, o preço pode voltar a testar US$ 105.000”, avaliou Prado.
Ele pondera, porém: “Uma quebra consistente abaixo de US$ 100.000 eleva o risco de aprofundamento da correção, com mercado buscando níveis inferiores para equilibrar o livro.”
O quadro macro nos EUA adiciona incerteza. “Qualquer ruído fiscal ou sinal de desaceleração mais forte da economia americana tende a reduzir o apetite a risco”, disse Prado.
Em suma, a combinação entre dados de atividade, agenda fiscal e liquidez global segue determinante para o direcionamento de curto prazo do Bitcoin e do restante do mercado cripto.
No fechamento, Prado resume: “O mercado monitora US$ 100.000 como divisor de águas; a reação do preço nesse ponto vai indicar se a fase é de acumulação ou continuidade da correção.” Assim, o Bitcoin encerra a sessão com foco no equilíbrio entre sinais técnicos e o pano de fundo macro.
