Bitcoin hoje

Bitcoin opera sob pressão e testa suporte após tensão geopolítica

Bitcoin cai abaixo de US$ 99 mil após tensão entre EUA e Irã. Especialistas explicam o impacto técnico e institucional no mercado

Ilustração de uma moeda de bitcoin de ouro
Foto: Freepick

O mercado de criptoativos iniciou a semana com forte retração. O Bitcoin foi negociado abaixo dos US$ 99 mil no domingo, marca que não era vista desde o início de maio.

A queda coincidiu com o aumento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã, após relatos de ataques a instalações nucleares no país persa.

Segundo Guilherme Prado, country manager da Bitget, “a aversão ao risco cresceu de forma expressiva após os ataques dos EUA ao Irã, e isso teve reflexo direto no mercado de ativos digitais.”

Para ele, o ambiente global instável contribuiu para a intensificação das ordens de venda no segmento de criptomoedas.

Vencimento de opções de Bitcoin agrava volatilidade

Além do cenário externo, o mercado de Bitcoin está de olho no vencimento dos contratos de opções, marcado para 27 de junho. O movimento tem gerado forte volatilidade no curto prazo, com intensa disputa entre posições compradas e vendidas.

“O vencimento das opções tende a gerar oscilações expressivas, porque é o momento em que os players precisam ajustar suas apostas”, pontua Prado.

Ele explica que, nesse contexto, tanto compradores quanto vendedores aumentam a pressão por liquidez, o que torna o mercado mais sensível a movimentos bruscos.

Bitcoin testa níveis críticos de suporte e resistência

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin encontra resistência entre US$ 105 mil e US$ 106 mil. Segundo o especialista, “um rompimento e fechamento acima de US$ 105.200 pode destravar uma nova perna de alta com alvo nos US$ 106.400 e US$ 108.000”.

No entanto, ele alerta que, se a pressão vendedora continuar, o ativo pode testar os suportes em US$ 100 mil e até mesmo recuar para a região de US$ 95.700.

Interesse institucional segue firme com entrada em ETFs

Apesar do cenário mais desafiador, parte dos investidores institucionais mantém posições no ativo. Portanto, o fluxo positivo de 10% nos ETFs de Bitcoin reflete essa movimentação.

“Há uma leitura de que o Bitcoin ainda é uma alternativa de diversificação e proteção para o longo prazo, mesmo com as incertezas atuais”, destaca Prado.

Em suma, a leitura institucional pode influenciar uma possível recuperação de preços, especialmente se houver estabilização no ambiente macroeconômico e geopolítico.