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Black Friday: analistas estão otimistas para desempenho das varejistas

O BP Money ouviu dois especialistas para avaliar o desempenho do setor varejista na BF

A Black Friday é considerada como um dos momentos mais cruciais para o varejo, e as expectativas para a temporada de 2023 são repletas de otimismo. O evento, marcado para esta sexta-feira (24), desempenha um papel fundamental na dinamização da economia, impulsionando o consumo, agitando o comércio e fomentando a competitividade entre as empresas. Em 2022, o faturamento da Black Friday foi de R$ 6,1 bilhões, sendo o e-commerce responsável por 62% das vendas.

O BP Money ouviu os especialistas, Maurício Galhardo, Head de Educação da F360, e Fábio Baptista, contador e diretor executivo da Agilizza Automação Fiscal, compartilharam suas análises e projeções sobre o cenário do varejo brasileiro para a Black Friday de 2023. As discussões abrangem desde as expectativas de crescimento nas vendas até estratégias cruciais para empresas enfrentando desafios financeiros.

Projeções de Crescimento

Galhardo estima um aumento moderado nas vendas nesse período, situando-se entre 5% e 10%. Suas projeções levam em consideração fatores econômicos, como inflação, e destacam a variabilidade entre diferentes segmentos. Ele ressalta que a inovação, especialmente no setor de moda, pode ser um diferencial para alcançar resultados expressivos durante a Black Friday.

Por outro lado, Baptista compartilha uma visão ainda mais otimista, apontando para projeções de crescimento de no mínimo 10%. O especialista ressaltou que, segundo o relatório da Neotrust, existe uma expectativa de um aumento de 12% no faturamento em relação ao ano anterior. Esses números refletem uma expectativa generalizada de um impulso nas vendas durante o evento.

Setores líderes e comportamento do consumidor

Ambos os especialistas concordam que o setor de eletroeletrônicos continuará a liderar, dada a tradição do brasileiro em aguardar a Black Friday para adquirir esses produtos. No entanto, Galhardo destaca a preocupação com o desempenho do setor de moda, que historicamente não se apropriou totalmente do evento.

Quanto ao comportamento do consumidor, Baptista ressalta uma tendência marcante para compras online, com 56,7% dos consumidores preferindo esse canal. Galhardo enfatiza o fenômeno do “show rooming”, em que os consumidores visitam lojas físicas para experiência e pesquisa, mas optam por comprar online durante a Black Friday.

Desafios para empresas em crise

Maurício Galhardo destaca o potencial das grandes varejistas de plataformas de vendas, como Americanas, que enfrentam desafios significativos. Ele ressalta a importância das estratégias, como lives e promoções impactantes, para atrair os consumidores.

Baptista, por sua vez, aponta uma preocupação em Americanas (AMER3) e da Lojas Marisa (AMAR3) na BF, em competir de maneira eficaz durante a Black Friday. Por outro lado, destaca as empresas estrangeiras, como Shopee e Shein, no topo das preferências dos consumidores, representando um desafio para as varejistas brasileiras. No entanto, ele acredita que a Black Friday pode ser um catalisador crucial para a recuperação financeira de empresas em crise, como Americanas e Lojas Marisa.

Enquanto os analistas destacam setores líderes e comportamentos do consumidor, empresas em crise têm na Black Friday uma oportunidade significativa para impulsionar suas vendas e melhorar seus resultados no último trimestre do ano. As estratégias inovadoras e promoções impactantes podem ser a chave para o sucesso neste evento tão aguardado pelos consumidores.

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