Aposentadoria

BlackRock e Mio Vinci fazem parceria para lançar fundo de previdência

Mio e BlackRock viram sinergias complementares para o lançamento de doiss fundos de previdência, um mercado com 17 milhões de participantes

BlackRock divulga balanço financeiro
BlackRock / Foto: Divulgação

A BlackRock, gestora global, fez seu primeiro movimento no segmento de previdência privada no Brasil e escolheu o Mio Vinci Partners para uma parceria de lançamento de dois fundos. Os produtos replicam o ETF iShares Ibovespa Fundo de Investimento (BOVA11). 

O Relatório Gerencial de Previdência Complementar revelou que esses fundos –  planos privados de aposentadoria – têm aproximadamente 17 milhões de participantes.

O total de brasileiros nesse segmento cresceu 26% no período de 2013 a 2022, majoritariamente por conta das entidades abertas. Sendo assim, Mio e BlackRock viram sinergias complementares para o lançamento dos fundos.

O público alvo do produto será o investidor geral, enquanto o outro fundo será para o público qualificado. O primeiro terá 70% de exposição em renda variável e o restante em títulos de renda fixa

Enquanto isso, a composição do fundo será 100% de renda variável — de acordo com as regras do mercado brasileiro para cada perfil de investidor. 

A estratégia dos fundos, na parte de renda variável, seguirá uma linha indexada ao Ibovespa, uma vez que vão replicar o BOVA11, ETF de maior sucesso e volume do Brasil, cuja gestão é da BlackRock. 

Ambos os fundos cobrarão uma taxa de administração de 0,35% ao ano, entre as taxas de administração mais competitivas do mercado em renda variável.

Não foi definido um valor mínimo de aplicação para ambos os fundos, que já estão disponíveis para investimento.

“O objetivo desta parceria entre Vinci e BlackRock é trazer eficiência e inovação para o mercado previdenciário brasileiro. Buscamos democratizar cada vez mais o acesso dos investidores a fundos de previdência de qualidade, com custos adequados, e que atendam aos seus diversos objetivos”, disse Vinicius Albernaz, sócio da Vinci Partners e head de Retirement Services.

“A previdência privada é um componente fundamental na construção de um futuro financeiro mais seguro para os brasileiros. Ao unir forças com o Mio Vinci, buscamos expandir nossa atuação nesse segmento e reforçar a missão da BlackRock de simplificar e democratizar os investimentos para que os investidores possam ter a oportunidade de alcançar uma vida financeira tranquila e saudável”, complementou Cristiano Castro, Diretor da gestora no Brasil.

BlackRock: CEO não vê o Fed realizando tantos cortes de juros

O CEO da BlackRock, Larry Fink, disse não acreditar que o Fed (Federal Reserve) realizará tantos cortes de juros como tem precificado o mercado, visto que a economia dos EUA continua crescendo.

“A quantidade de afrouxamento que está na curva futura é uma loucura. Acredito que há espaço para flexibilizar mais, mas não tanto quanto a curva futura indica”, afirmou Fink em entrevista à Bloomberg.

O mercado tem sugerido um terço de chances de outro corte de 0,50 p.p em novembro. As expectativas são de cerca de 190 pontos-base de flexibilização até o final do ano que vem. Segundo Fink, é difícil ver isso se materializando, já que a maioria das políticas governamentais no momento são mais inflacionárias do que deflacionárias.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na segunda-feira que o banco central reduzirá as taxas de juros “ao longo do tempo” e enfatizou que a economia geral dos EUA permanece em bases sólidas. Ele também reiterou sua confiança de que a inflação continuará se movendo em direção à meta de 2%.

“Há segmentos da economia que estão lutando. Há segmentos da economia que estão indo muito bem”, disse Fink. “Passamos muito tempo focando nos segmentos que estão indo mal.”

O CEO da BlackRock também disse que, apesar das avaliações de ativos e de alguns problemas geopolíticos, o mercado não está enfrentando nenhum risco sistêmico real e vê os lucros corporativos continuando a se sair bem.