
Os mercados acionários dos EUA podem ter um declínio ainda maior que o atual, em 20%, por conta das altas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, conforme análise de Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, nesta segunda-feira (7).
Além disso, o CEO da BlackRock ainda observou que a economia norte-americana provavelmente já está em meio a uma recessão.
Larry Fink também demonstrou ter preocupação de que haja muito mais pressão inflacionária do que o mercado espera.
Paralelamente, o líder da BlackRock também afirmou que os recentes declínios do mercado são “mais uma oportunidade de compra do que de venda” no longo prazo e não representam riscos sistêmicos.
BlackRock foca em fundos de pensão para se destacar no Brasil
Os fundos de pensão são a nova estratégia da BlackRock como forma de se destacar no mercado brasileiro. A maior gestora de investimentos do mundo ainda não possui licença para gerir fundos de pensão em território nacional, mas seu country manager (gerente regional), Bruno Barino afirmou que o obstáculo logo será ultrapassado.
“É uma evolução natural, não tem como não estar nesse mercado e não fazer”, revelou o executivo. O setor de fundos de pensão hoje acumula um capital de R$2,9 trilhões. Apesar de gerenciar ativos em 43 países, o Brasil não está no portifólio da Black Rock.
Barino foi responsável pelo FMO (multifamily office, da sigla em inglês), uma forma de gerenciamento da riqueza de famílias, da UBS Brasil e se juntou ao fundo de investimento após a operação sair bem-sucedida.
A UBS teve uma série de ETFs (Exchange Traded Fund, da sigla em inglês) foram comprados pela BlackRock, que acabou por herdar suas operações no Brasil e adquiriu fundos de índice do banco britânico Barclays em 2009. Os ETFs tem sido a principal estratégia da BlackRock desde então.