A partir desta quarta-feira (10), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará mais R$ 3 bilhões nas linhas de crédito do Plano Safra 2023/24.
O valor resulta de realocações realizadas pelo Ministério da Fazenda em dezembro de 2023, que redistribuíram recursos equalizáveis não utilizados por outras instituições financeiras. O recurso adicional deverá fortalecer, principalmente, as linhas destinadas aos investimentos da agricultura familiar.
Com essa iniciativa, o BNDES ainda possui R$ 8,5 bilhões disponíveis para contratação nas linhas do Plano Safra 2023/24 até junho. No período de julho a dezembro de 2023, o banco já efetuou desembolsos no valor de R$ 18,2 bilhões, conforme informado pelo presidente Aloizio Mercadante. Esses recursos, repassados a outras instituições financeiras, beneficiaram 99 mil clientes.
“Estamos fazendo, em conjunto com o governo do presidente Lula, um esforço para disponibilizar recursos extras pra produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares”, disse.
Mercadante destacou que a demanda por recursos está elevada, e os valores equalizados operados pelo banco estão perto de serem integralmente utilizados.
“De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, afirmou Mercadante.
BNDES projeta desembolsar de R$ 130 bi a R$ 160 bi em 2024
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá liberar de R$ 130 bilhões a R$ 160 bilhões de desembolsos em 2024, conforme projeções iniciais citadas pelo diretor Planejamento e Estruturação de Projetos da instituição de fomento, Nelson Barbosa. Em 2023, o valor estimado variou entre R$ 115 bilhões e R$ 120 bilhões.
A confirmação da projeção de avanço em 2024 ainda depende da demanda por crédito, que passa por uma recuperação nos investimentos, completou o executivo. Barbosa vê um cenário positivo para os investimentos em 2024, com ajustes cíclicos, como a redução das taxas de juros, não só no Brasil, mas também no exterior.
Até setembro, o BNDES aprovou R$ 95 bilhões em novos financiamentos, alta real, já descontada a inflação, de 37%, o que sinaliza para mais desembolsos nos próximos anos.