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BNDES e Tebet anunciam R$ 50 bi para obras na América do Sul

Lula participou do anúncio do investimentos

Após a conclusão da 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do anúncio de um apoio conjunto financeiro e técnico de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) para projetos estratégicos, com foco especial em infraestrutura, visando melhorar as rotas de integração entre os países da América do Sul.

A iniciativa, intitulada “Rotas para a Integração”, conta com a participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe), do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), do Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata) e do Ministério do Planejamento e Orçamento.

O BNDES irá aportar a maior parte dos recursos, com R$ 15 bilhões. Eis abaixo a divisão de recursos: BNDES: R$ 15 bilhões; BID: US$ 3,4 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões); CAF: US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões); Fonplata: US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões).

‘PAC da Integração’

Em nota, o Ministério do Planejamento afirmou que serão “5 rotas prioritárias de integração” em 11 Estados que fazem fronteira com outros países da América do Sul. “Além de fomentar a infraestrutura, o comércio e a integração nas áreas de cultura, turismo, saúde, proteção ambiental, entre outras, as rotas também permitirão reduzir significativamente o tempo de transporte de mercadorias entre o Brasil e a Ásia”, disse. 

De acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, trata-se de 124 iniciativas, já incluídas no Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), “espalhadas nos Estados de fronteira” das 5 rotas e priorizadas pelo ministério para reforçar a integração regional.

“Trata-se de um ‘PAC da Integração’, que contempla infovias, hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica”, afirmou. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco de fomento estatal irá financiar “da fronteira para dentro do Brasil” e os demais organismos, “da fronteira para fora”. Segundo ele, 22 obras do projeto estão em análise no banco.

Ele defendeu a iniciativa ao afirmar que o Brasil, por ter a maior extensão territorial, população e PIB (Produto Interno Bruto) da região, deve ter uma “visão de integração”: “Estamos fazendo um grande esforço. É o maior fundo já construído para integração da América do Sul e para o Mercosul em toda a história do Mercosul, então, foi um grande esforço”, disse.

“Vamos agora olhar obra por obra e, no caso do Brasil, uma parte vem do Orçamento da União, é recurso não reembolsável. E o que estamos anunciando aqui é crédito, é financiamento”, disse. Mencionou a construção de ferrovias, pontes e portos, hidrovias, infovias e redes de fibra ótica”, afirmou.