A Boa Safra (SOJA3), empresa líder na produção de sementes de soja no Brasil, captou R$ 300 milhões em seu follow-on. O montante inclui toda a oferta base de R$ 200 milhões, além da metade do lote adicional de R$ 200 milhões que foi disponibilizado no mercado.
A ação foi precificada em R$ 16,50, representando um desconto de aproximadamente 2,5% em relação ao preço de lançamento da oferta e de 9% em comparação com o soft launch anunciado em 25 de março.
A família Colpo, controladora da empresa, cumpriu seu compromisso inicial de investir os R$ 90 milhões prometidos, enquanto a gestora HIX, que detinha 6% de participação antes da oferta, subscreveu R$ 30 milhões adicionais.
Os recursos levantados na oferta serão destinados para fortalecer o caixa da empresa, em um momento em que ela busca um crescimento significativo, tanto por meio de expansão orgânica quanto por meio de aquisições.
As recorrentes quebras de safra têm colocado diversos produtores em situação desfavorável e têm aberto oportunidades para consolidações a preços vantajosos no setor.
Aquisições da Boa Safra
Desde sua oferta pública inicial (IPO), a Boa Safra realizou duas aquisições estratégicas: a da BestWay, visando iniciar a produção de sementes de milho, e da DaSoja, ampliando seu alcance comercial no segmento de sementes.
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Existem vários ativos disponíveis no mercado que podem despertar interesse para a consolidação. Um candidato evidente é a Agrogalaxy, que contratou o Santander para buscar um potencial interessado em sua divisão de sementes.
Inicialmente, a intenção é atrair um parceiro para o negócio, mas uma venda completa não está fora de cogitação.
Ao contrário dos IPOs decepcionantes de 2021, a Boa Safra tem mantido uma trajetória de resultados consistentes desde sua listagem na Bolsa.
A Boa Safra dobrou sua capacidade de produção de seu principal produto, expandiu para novas regiões, ingressou na produção de sementes de milho e está diversificando seu portfólio para incluir outras commodities agrícolas.
O objetivo é alcançar uma participação de mercado de 15% nas sementeiras do país nos próximos anos, enquanto atualmente a empresa detém aproximadamente 7%.
