Retomou o controle

Boeing (BOEI34) compra a Spirit AeroSystems em acordo de US$ 4,7 bi

O acordo prevê que a companhia se desfaça de fábricas que produzem partes para a Airbus, concorrente da Boeing

A Boeing (BOEI34) comprou a fabricante de aeroestruturas Spirit AeroSystems
A Boeing (BOEI34) comprou a fabricante de aeroestruturas Spirit AeroSystems / Foto: Divulgação

A Boeing (BOEI34)anunciou a compra da fabricante de aeroestruturas Spirit AeroSystems em um acordo de US$ 4,7 bilhões – US$ 37,25 por ação.

O valor total da transação é de US$ 8,3 bilhões, incluindo a última dívida líquida da Spirit. O acordo prevê que a companhia se desfaça de fábricas que produzem partes para a Airbus, concorrente da Boeing.

Com isso, a corporação norte-americana vai retomar o controle da fabricante de fuselagens após um desmembramento que durou duas décadas.

“Acreditamos que esse acordo é do melhor interesse do público que voa, de nossas companhias aéreas clientes, dos funcionários da Spirit e da Boeing, dos nossos acionistas e do país de forma geral”, disse o CEO da Boeing, Dave Calhoun, em comunicado.

Peças problemáticas da Spirit têm sido uma questão para a Boeing há anos. Falhas de produção e lapsos de qualidade no fornecedor desaceleraram a produção na gigante da aviação e a deixaram aquém nas entregas às companhias aéreas.

Boeing (BOEI34) perdeu controle de centenas de peças defeituosas do 737

Boeing (BOEI34), fabricante de aviões dos EUA, tratou de forma inadequada e perdeu o controle de centenas de peças defeituosas, segundo um inspetor de qualidade da empresa. De acordo com apuração da “Bloomberg”, o delator revelou que algumas das peças podem ter sido instaladas em aviões do modelo 737 Max.

Os detalhes das alegações constam em um depoimento de 11 de junho de Sam Mohawk, inspetor da Boeing, para a Administração se Segurança e Saúde Ocupacional, um dos órgãos federais dos EUA. 

A divulgação ocorreu na terça-feira (18), por um subcomitê do Senado norte-americano, em um memorando de membros. A Boeing alegou ter recebido os documentos na segunda-feira (17) e está revisando as declarações.

Segundo a denúncia, a fabricante havia perdido até 400 peças defeituosas das aeronaves modelo 737 Max, além de ter excluído os registros de muitas delas de um sistema interno de catalogação. 

As peças em questão são classificadas como “em não conformidade”, pois precisam ser rastreadas , descartadas ou reparadas, visto que são componentes danificados ou inadequados. Deve haver também um registro meticuloso para garantir que não sejam usadas na fabricação de aeronaves, de acordo com o veículo de notícias.