A recomendação para as ações da São Martinho (SMTO3) foi elevada de “neutra” para “compra”, com preço-alvo de R$ 35 pelo BofA (Bank of America). A razão para a mudança é o momento mais construtivo no setor de açúcar e etanol, por conta da alta nos preços no curto prazo, fundamentos fortes e o real mais fraco.
“Os fundamentos estão mais doces para o setor”, avaliam os analistas do BofA. O mercado de açúcar deve equilibrar, ou ter escassez de oferta, nos próximos 18 meses, ao passo que a menor produção de etanol no Brasil, junto a forte procura, deve reduzir os estoques.
Segundo projeção do BofA, o mercado global do item deve ter um déficit de 1,2 milhão de toneladas na temporada 2024/25 – entre outubro e setembro – devido à probabilidade de não crescimento na produção brasileira e indiana.
Os preços do açúcar, nesse quadro, podem estabilizar em patamar ao menos 10% maiores que o atual, depois de já ter se recuperado 7% no último mês, de acordo com o InfoMoney.
Além disso, os analistas do BofA esperam que a paridade de preços do etanol, relativo à gasolina, possa voltar a 70% no final do ano, cerca de 10% acima dos preços atuais.
BofA vê expansão do PIB de 2,7% em 2024, acima do consenso
Após a repercussão do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado um indicador antecedente do Produto Interno Bruto ), o Bank of America (BofA) revisou para cima sua projeção de crescimento econômico para o Brasil neste ano, estabelecendo-a em 2,7%, superando o consenso.
No entanto, o banco ressaltou que o desastre das enchentes no Rio Grande do Sul representa um risco negativo para essa estimativa.
Entre os motivos para a visão otimista estão um maior PIB potencial e dados positivos de atividade no primeiro trimestre. “O mercado de trabalho resiliente, melhores condições de crédito para as famílias e as transferências governamentais deverão estimular o consumo privado”, afirmam os economistas David Beker e Natacha Perez.
“As eleições municipais também têm um papel no consumo do governo a cada quatro anos. Os investimentos deverão registar crescimento apoiados por uma política monetária mais flexível”, completam os economistas do BofA, que esperam maior força no primeiro semestre e moderação no segundo. Para 2025, a projeção é de 2,5%.