Visando juros baixos

BofA: nova carteira segue com compra no Brasil, mas corta Vale (VALE3)

“No futuro, achamos que o Brasil pode ser um beneficiário de taxas globais mais baixas”, disse a equipe do BofA

Foto: CanvaPro
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O BofA (Bank Of America) seguiram com a exposição de compra para o Brasil, em sua carteira da América Latina, mas cortando exposição em Vale (VALE3).

Para os estrategistas da Casa, o rali do Ibovespa está “à espera”, por conta das taxas de longo prazo aumentaram.

Apesar do Ibovespa ter marcado pontuações recordes no ínicio de agosto, se recuperando das perdas anteriores, nas últimas 3 semanas, as taxas do Brasil em dez anos avançaram cerca de 70 pontos-base.

“No futuro, achamos que o Brasil pode ser um beneficiário de taxas globais mais baixas”, avaliou o BofA.

O BofA ressaltou que sua a posição de compra no Brasil é por “gostar de bancos”, nomes ligados a taxa de juros e cosntrutivos sobre a força do consumo, de acordo com o “InfoMoney”.

“Apesar da falta de compradores marginais, os fundamentos no país são relativamente fortes. As avaliações permanecem descontadas e as empresas nacionais continuam a mostrar recuperação de lucros”, apontou o banco.

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Crise na China leva o BofA a cortar a Vale (VALE3)

Em outro viés, o BofA cortou a exposição para as ações da Vale em sua carteira, saindo de neutro para venda, devido à perspectiva mais fraca para a China.

“Os formuladores de políticas estão relutantes em intensificar a flexibilização, notavelmente em meio ao fraco crescimento orgânico. Também vemos uma perspectiva pouco inspiradora para o minério de ferro (que está em queda de 34% no acumulado do ano)”, avaliaram os estrategistas do BofA.

Segundo a equipe, todos os olhos estão agora voltados para o Fed (Federal Reserve).

“Nós acreditamos que se o Fed cortar em um cenário de pouso suave (da economia dos Estados Unidos), isso pode ser positivo para os mercados latino-americanos. Mas fatores locais também importam”, observaram no relatório.

No Brasil, eles avaliam que os mercados já precificaram aumentos da Selic, enquanto monitoram receios sobre política fiscal.