Análise

BofA vê expansão do PIB de 2,7% em 2024, acima do consenso

No entanto, o banco ressaltou que o desastre das enchentes no RS representa um risco negativo para essa estimativa

BofA
BofA (Foto: Wikimedia Commons/ Divulgação)

Após a repercussão do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado um indicador antecedente do Produto Interno Bruto ), o Bank of America (BofA) revisou para cima sua projeção de crescimento econômico para o Brasil neste ano, estabelecendo-a em 2,7%, superando o consenso.

No entanto, o banco ressaltou que o desastre das enchentes no Rio Grande do Sul representa um risco negativo para essa estimativa.

Entre os motivos para a visão otimista estão um maior PIB potencial e dados positivos de atividade no primeiro trimestre. “O mercado de trabalho resiliente, melhores condições de crédito para as famílias e as transferências governamentais deverão estimular o consumo privado”, afirmam os economistas David Beker e Natacha Perez.

“As eleições municipais também têm um papel no consumo do governo a cada quatro anos. Os investimentos deverão registar crescimento apoiados por uma política monetária mais flexível”, completam os economistas do BofA, que esperam maior força no primeiro semestre e moderação no segundo. Para 2025, a projeção é de 2,5%.

Economistas de mercado consultados pelo Banco Central projetam um crescimento do PIB de 2,09% para este ano e de 2% para o próximo, conforme o último Boletim Focus.

BofA avalia IBC-Br de março

A Atividade Econômica, medida pelo Índice IBC-Br, registrou uma queda de 0,34% em março, abaixo da projeção de estabilidade do BofA e das estimativas de mercado, que estavam em torno de -0,25%.

“Contudo, esta impressão mensal negativa não foi suficiente para alterar a trajetória ascendente do 1T24, aumentando 1,1% no trimestre”, completou o BofA.

IPC-S sobe 0,45% na segunda leitura de maio

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) avançou 0,45% na segunda leitura de maio, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas), nesta quinta-feira (16). O resultado foi o mesmo da primeira leitura.

Com isso, o índice manteve a alta de 3,23% em 12 meses. Dos oito grupos, três registraram alta: Educação, Leitura e Recreação (-0,70% para -0,17%), Transportes (0,57% para 0,74%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,16%).

Os acréscimos foram puxados, respectivamente, por passagem aérea (-5,08% para -1,68%), transporte por aplicativo (0,20% para 4,91%) e cigarros (0,23% para 0,72%).