O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta sexta-feira (21) oscilando, com investidores aguardando discurso do presidente do Fed (Federal Reserve) de Nova York, John Williams. As atenções também se voltam a uma possível divulgação de dados de arrecadação da Receita Federal e a falas de Haddad.
Por volta das 10h19 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,05% aos 132.025 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,72%, cotado a R$ 5,7205.
Com uma agenda esvaziada nesta sexta-feira (21), o destaque é a fala de Williams na “Biennial Macroeconometric Caribbean Conference”, nas Bahamas, marcada para às 10h05. Também há possibilidade de que a Receita Federal divulgue os dados da arrecadação federal de fevereiro, mas ainda não há confirmação.
Além disso, influenciam o Ibovespa as expectativas para a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no podcast Inteligência Ltda., às 19h. A entrevista ocorre em meio a preocupações com a economia global, que vêm causando quedas nas bolsas e alertas em comunicados de bancos centrais ao redor do mundo.
Tanto o Fed, quanto o BoJ (Banco do Japão) e o BoE (Banco da Inglaterra) já demonstraram preocupação com os impactos do aumento da incerteza sobre as políticas comerciais na economia global. Isto tem diminuído o interesse de investidores por ativos de risco e causado perdas nos mercados de ações.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
- Após uma semana recheada de eventos econômicos relevantes, a sexta-feira (21) tem uma agenda mais esvaziada. A quinta-feira (20) foi um dia de posicionamento dos investidores diante das decisões monetárias de bancos centrais ao redor do mundo. Nos EUA, o discurso mais otimista do Fed gerou certa desconfiança entre investidores.
EUA
Os futuros dos índices dos EUA estão em baixa nesta sexta-feira (21), refletindo a crescente incerteza em relação à economia global. Investidores permanecem cautelosos, preocupados com os impactos das tarifas e dos resultados corporativos no mercado.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que a partir de 2 de abril, implementará tarifas recíprocas e outras medidas específicas para certos setores, aumentando os riscos para a economia mundial.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
- Dow Jones Futuro: -0,40%
- S&P 500 Futuro: -0,39%
- Nasdaq Futuro: -0,47%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda, exceto pelo índice Kospi, que registrou alta na Coreia do Sul. O Hang Seng foi o principal responsável pelas perdas, pressionado por quedas nas ações de tecnologia.
O Japão também viu seu mercado cair após o feriado, e as bolsas da China fecharam com perdas significativas. O pessimismo dos investidores foi em parte reflexo da queda em Nova York no pregão anterior, em resposta às incertezas sobre a política tarifária de Trump.
Shanghai SE (China), -1,29%
Nikkei (Japão): -0,20%
Hang Seng Index (Hong Kong): -2,19%
Kospi (Coreia do Sul): +0,23%
ASX 200 (Austrália): +0,16%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados também operam em território negativo, com a instabilidade econômica global ofuscando os anúncios de política monetária do Banco da Inglaterra, do Banco Nacional Suíço e do Riksbank da Suécia.
Durante uma cúpula em Bruxelas, os líderes da União Europeia debateram questões como o fornecimento de armas à Ucrânia e quem representaria o bloco nas negociações diplomáticas lideradas pelos EUA, enquanto o continente tenta definir uma estratégia para lidar com a situação no país.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,37%
DAX (Alemanha): -0,66%
CAC 40 (França): -0,52%
FTSE MIB (Itália): -0,24%
STOXX 600: -0,61%