
A renda variável no Brasil alcançou o número de 5,3 milhões de investidores ao final de 2024, o que representa um avanço de 6% em relação a um ano antes, informou a B3. A Bolsa brasileira divulgou levantamento da evolução dos investidores nesta quinta-feira (20).
Desse total, cerca de 74% são homens, enquanto as mulheres que investem na Bolsa brasileira agora representam o percentual de 26%, um aumento de 2 pontos percentuais.
Na divisão regional, o Sudeste segue na liderança da quantidade de investidores da Bolsa, com 3,028 milhões no total. Em seguida vem as regiões Sul (887 mil), Nordeste (716 mil), Centro-Oeste (418 mil) e Norte (209 mil).
No entanto, na comparação anual, a região Norte foi a que demonstrou o maior crescimento total da base de investidores na Bolsa, com uma alta de 9,6%.
Já na renda fixa, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) foram o destaque, registrando um crescimento anual de 31% na base de investidores e chegando à marca de 400 mil pessoas físicas.
Enquanto isso, o saldo mediano por pessoa se manteve estável em R$ 40 mil, com o saldo total registrando alta de 34%, atingindo R$ 92 bilhões.
Já o crescimento do saldo em custódia em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) foi de 23%.
A operadora da Bolsa brasileira também informou que a quantidade de contas poupança teve alta anual de 11%, chegando a 649,3 milhões, ao passo que os depósitos cresceram 12%, de R$ 4,509 trilhões para R$ 5,042 trilhões. A maioria das contas (538 milhões), possui valores até R$ 1 mil.
Bolsa do Rio será atrativa e competitiva, indica diretor
Em breve, o Brasil terá uma nova Bolsa do Rio de Janeiro para competir com a B3 (B3SA3). O desenvolvimento da Base Exchange, como se chamará a operadora, deve passar pelas etapas de testes com os órgãos reguladores ainda neste semestre, mas o diretor de supervisão da empresa, Luís Fernando Camilotto, afirmou que o negócio atrairá um arranjo produtivo e competitivo para o local.
“O que temos aqui é a possibilidade de criar, em torno dessa Bolsa e com os atores que já estão aqui no Rio, o que se chama de Uni Cluster. O que acontece é que esses atores [operantes na Bolsa] permitem uma troca de conhecimento que vai fomentar a inovação, uma troca de conhecimento entre empresas que participam de uma mesma cadeia, é isso que queremos fomentar”, disse Camilotto durante o Smart Summit, nesta sexta-feira (14).
Os efeitos já podem ser observados, considerando a indicação do executivo sobre a Bolsa do Rio estar atraindo empresas estrangeiras para próximo do entorno da sede da empresa, demonstrando um potencial da Base Exchange para se tornar um centro de atração de conhecimento.
O executivo ressaltou ainda que, apesar de ser difícil, a Bolsa do Rio está levando pessoas com experiência em corretoras, bancos, gestão de Bolsa e da Câmara de Conversação e Liquidação, para participar do projeto.
“Estamos conseguindo atrair pessoas de fora do Rio para vir trabalhar aqui. Elas estão se mudando e se estabelecendo aqui, trazendo suas famílias para viver no Rio. Também estamos conseguindo repatriar os cariocas que estavam fora daqui, é realmente potente nos ajudar nessa jornada e ao mesmo tempo ter a oportunidade de voltar para o Rio com o conhecimento que é muito importante para nós”, comentou.
A expectativa, segundo Camilotto, é que esses profissionais e empresas se comuniquem, troquem informações e conhecimentos que permitam a inovação e melhoria dos processos.