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Bolsa brasileira: tem 2 fatores competindo para determinar destino

“Há um momento muito bom para a economia brasileira, com crescimento [...] e isso contribui para a Bolsa subir", disse economista

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master/ Foto: Gabriel Rios/ BP Money
Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master/ Foto: Gabriel Rios/ BP Money

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, declarou nesta sexta-feira (30) que existem dois fatores competindo para determinar o destino da Bolsa brasileira. Segundo ele, de um lado há o crescimento da economia e, do outro, a alta dos juros.

“Há um momento muito bom para a economia brasileira, com crescimento, empresas vendendo mais, faturando mais, e isso contribui para a Bolsa subir. Por outro lado, estamos em um momento de alta de juros, então há fatores que estão competindo para determinar os destinos da Bolsa”, disse Paulo Gala.

Nesse contexto, ele pontuou que, se o crescimento econômico do Brasil se mantiver constante e a alta dos juros não for maior que o esperado pelo mercado, o cenário será extremamente positivo para a Bolsa brasileira.

Por outro lado, se, por exemplo, a Selic (taxa básica de juros) for pressionada a subir mais que o previsto, o cenário pode ser desfavorável para os ativos brasileiros.

Além disso, Paulo Gala também comentou sobre a possível nomeação de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), como presidente da autarquia, sucedendo Roberto Campos Neto.

Parceiros

“É a primeira vez que o Brasil terá uma transição de comando após o modelo de independência. Teremos uma situação em que dois presidentes convivem no mesmo BC, no mesmo Copom. Um presidente cujo mandato termina em dezembro e o outro em janeiro”, disse o economista.

Estrangeiros aportam R$ 1,6 bilhão na Bolsa em 26 de agosto

No dia 26 de agosto, quando o Ibovespa registrou uma alta de 0,94%, investidores estrangeiros injetaram R$ 1,6 bilhão no segmento secundário da Bolsa.

Com esse movimento, o superávit acumulado no mês chegou a R$ 9 bilhões, enquanto o saldo negativo no ano se reduziu para R$ 27,5 bilhões.

Em contrapartida, os investidores institucionais retiraram R$ 945 milhões na mesma data, resultando em um déficit mensal de R$ 14 bilhões e um déficit anual de R$ 19 bilhões.