A Bolsa de Valores do Japão se recuperou nesta terça-feira (6), com alta de 10,23% a 34.675,46 pontos – o maior ganho diário desde outubro de 2008.
O avanço acontece após forte queda na segunda-feira (5). O Nikkei 225, principal índice da bolsa japonesa, que já havia recuado 5,8% na sexta-feira (2), despencou 12,4%, ou 4.451,28 pontos, encerrando o dia em 31.458,42 pontos, superando o recorde de perdas estabelecido na quebra da bolsa de outubro de 1987.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 3,30% em Seul, a 2.552,15 pontos, e o Taiex subiu 3,38% em Taiwan, a 20.501,02 pontos.
Na China continental, que foram menos afetadas pelo tumulto global dos últimos dias, os ganhos foram mais modestos. O Xangai Composto subiu 0,23%, a 2.867,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,18%, a 1.567,03 pontos.
O principal fator de preocupação para o mercado global na segunda (5), que derrubou várias Bolsas ao redor do mundo, foi o risco de recessão nos EUA, após o relatório payroll indicar uma criação de vagas de emprego muito abaixo do esperado.
O mercado chegou a especular que o Fed (Federal Reserve) precisaria afrouxar a política monetária antes da próxima reunião programada.
Ministro de Finanças pede ‘calma’ após tombo histórico na Bolsa do Japão
Após as ações japonesas despencarem nesta segunda-feira (5), o ministro de Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, declarou que investidores precisam manter uma perspectiva de longo prazo e “permanecer calmos”. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, teve queda de 12,4% neste pregão, o maior tombo diário desde outubro de 1987.
“Espero que eles julguem as questões com calma”, disse o ministro do Japão ao se referir a investidores japoneses que aplicam em ações de um programa do governo que oferece vantagens fiscais para aplicações de longo prazo, conforme informações do “InfoMoney”.
Em relação à valorização considerável do iene nas últimas semanas, que veio após o governo do Japão intervir ao longo de julho para defender a moeda, Suzuki ainda afirmou que é desejável que as taxas de câmbio se movimentem de forma estável e reflitam os fundamentos econômicos do país.
Segundo a autoridade, devido às oscilações recentes do mercado, o governo deve trabalhar em conjunto com o BoJ (Banco do Japão) na política monetária.