As tensões entre Rússia e Ucrânia seguem prejudicando o mercado global, com o medo de uma guerra iminente dominando o clima entre investidores. O cenário se repete por mais uma semana e as bolsas europeias não conseguiram escapar ilesas, registrando queda em todos os principais índices do continente nesta segunda-feira (14).
As próximas decisões do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) a respeito da política norte-americana também seguem no radar, vista a expectativa de que a instituição eleve as taxas de juros como uma resposta à alta da inflação.
Em relação ao conflito geopolítico, as preocupações de um embate na região do leste europeu foram intensificadas após que o conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan, alertou na véspera (13) que o Kremlin acelerou sua estrutura militar ao longo da fronteira do país nos últimos 10 dias.
Além disso, o país ocidental revelou que a Rússia pode invadir o território ucraniano a qualquer momento e criar um pretexto surpresa para atacar.
A informação da maior economia do mundo é reforçada pela decisão do governo russo, que russo reuniu mais de 100 mil soldados perto da Ucrânia. Em resposta, os Estados Unidos enviaram suas primeiras tropas à base militar de Rzeszow, no sudeste da Polônia, no sábado (5).
Apesar da Rússia ter negado planejar uma invasão, até o momento, a União Europeia já está se preparando para ambas perspectivas, afirmou uma autoridade do bloco nesta segunda.
O preço das commodities como petróleo e trigo também sofrem com o cenário e encontram dificuldade para avançar.
Segundo dados preliminares, o índice pan-europeu STOXX 600 caiu 1,95%, a 460.35 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,79%, a 7,522.60 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX teve baixa de 2,18%, a 15,090.05 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 desabou 2,56%, a 6,832.30 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib desvalorizou-se 2,25%, a 26,359.60 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 despencou 2,73%, a 8,555.50 pontos.