Em um mês marcado pela forte volatilidade, as bolsas europeias fecham março em queda, com os principais índices em terreno negativo nesta quinta-feira (31).
Os investidores continuam atentos aos desdobramentos das negociações entre Rússia, Ucrânia e os demais países envolvidos nos conflitos no leste europeu. A incerteza sobre o assunto segue gerando impactos econômicos globais.
Nesta manhã, o presidente russo, Vladimir Putin, comunicou que as sanções contra o país por parte do ocidente iriam aumentar.
“Os Estados Unidos estão lucrando com a turbulência global”, disse ele, e ainda pontuou que as empresas do complexo militar dos EUA estão em ascensão.
Além disso, o economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, relatou que é cada vez mais provável ver a inflação na zona do euro se estabilize em torno de 2%, mas que o BCE deve estar pronto para mudar o curso se as perspectivas forem alteradas devido à guerra.
“É também plausível que a inflação no médio prazo não reverta para o equilíbrio pré-pandemia abaixo da meta, mas, dependendo de uma política monetária apropriadamente calibrada, pode se estabilizar em torno da meta de 2% do BCE”, disse Lane em discurso.
No radar de mercado, papéis relacionados ao setor bancário e de automóveis se destacaram nas perdas, caindo em média 1,94% e 1,78%, respectivamente.
Segundo dados das bolsas, o índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,94%, a 455,86 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,83%, a 7.515,68 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX teve baixa de 1,31%, a 14.414,75 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,21%, a 6.659,87 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib sofreu perdas de 1,10% , a 25.021,26 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 teve desvalorização de 1,23%, a 8.445,10 pontos.