Pré-mercado

Café com BPM: bolsas têm alívio com suspensão de tarifas

Os mercados globais operam majoritariamente em alta, com reações a balanços de empresas e ausência de novidades sobre a disputa comercial entre China e EUA

Café com BPM, bolsas sobem
Café com BPM / Foto: Freepik

Os mercados globais estão predominantemente em alta no pré-mercado desta quinta-feira (6), com um alívio de investidores diante da suspensão das tarifas dos EUA ao México e Canadá. Agora, os agentes do mercado estão a espera dos dados da folha de pagamento dos EUA (payroll) e dos resultados da big tech Amazon.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o país está disposto a trabalhar com a UE (União Europeia) para incentivar a cooperação e enfrentar “desafios globais”, uma vez que o bloco também recebeu ameaças de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Na agenda, o BoE (Banco da Inglaterra) deve anunciar, às 9h, sua decisão para a taxa de juros. A expectativa do mercado é de um corte de 25 pontos-base, após o governador do banco, Andrew Bailey, afirmar que a trajetória dos juros é para baixo. À tarde, é a vez do México decidir sobre sua política monetária.

No Brasil, nesta quinta-feira (6) o Ibovespa repercute o balanço do Itaú; entrevistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a rádios da Bahia; e a falas do presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, sobre meios de pagamento, em evento do BIS (Banco de Compensações Internacionais), na Cidade do México.

EUA

No país norte-americano, as bolsas acompanha mais discursos de membros do Fed (Federal Reserve), em especial Christopher Waller e Lorie Logan, nesta quinta-feira (6).

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo Trump está mirando nos títulos do Tesouro de 10 anos para reduzir custos de empréstimos, e não na taxa de juros de curto prazo de referência do Fed.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,19%

S&P 500 Futuro: +0,20%

Nasdaq Futuro: +0,17%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, a maioria das bolsas fecharam em alta, apesar de incertezas comerciais e decepções nos lucros de empresas de tecnologia dos EUA. Investidores podem estar reagindo à ausência de novos anúncios na disputa tarifária entre o país norte-americano e a China, ainda sem conversas entre Trump e Xi Jinping.

O presidente dos EUA havia afirmado que se encontraria com o presidente chinês, mas não houve reunião até o momento. As bolsas asiáticas também acompanham a alta de NY e operam na expectativa de anúncios importantes da fabricante de carros chinesa BYD, que convocou uma coletiva de imprensa para a próxima semana.

O anúncio da entrevista levou a altas nas ações da montadora em Xangai e Shenzhen.

Shanghai SE (China), +1,27%

Nikkei (Japão): +0,61%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,43%

Kospi (Coreia do Sul): +1,10%

ASX 200 (Austrália): +1,23%

Bolsas europeias

Os mercados da Europa também operam em alta, com expectativas para os resultados de empresas e para a decisão do BoE, que deve cortar juros de 4,75% para 4,5%, segundo a previsão de analistas, na tentativa de impulsionar a economia do Reino Unido, mesmo com pressões inflacionárias ainda no radar.

As projeções da AstraZeneca de vendas em 2025 acima do esperado por agentes do mercado causaram otimismo. A receita da farmacêutica no quarto trimestre de 2024 também superou expectativas.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,34%

DAX (Alemanha): +0,55%

CAC 40 (França): +0,33%

FTSE MIB (Itália): +0,81%

STOXX 600: +0,51%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (5) com alta de 0,31% aos 125.534,07 pontos. O dólar comercial subiu 0,40%, a R$  5,79, interrompendo a maior sequência de 12 sessões em baixa, a maior do Plano Real.

O início da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 começou, com os bancos tradicionais sendo os primeiros a divulgarem seus resultados, como de costume. Esse movimento mexeu com o Ibovespa, enquanto os investidores também seguem atentos à disputa comercial entre a China e os EUA.

Radar corporativo

Ford Motor (FDMO34) registrou um lucro líquido de US$ 1,8 bilhão no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de US$ 500 milhões apresentado um ano antes. O lucro diluído por ação ficou em US$ 0,45, acima das estimativas do mercado, que previam US$ 0,34.

Enquanto isso, as ações da Embraer (EMBR3) tiveram forte valorização nesta quarta-feira (5) após receber da empresa norte-americana Flexjet o maior pedido de jatos executivos da história da fabricante brasileira de aeronaves, avaliado em até US$ 7 bilhões (cerca de R$ 40,4 bilhões) e envolvendo aproximadamente 200 aviões. A ação da empresa saltou 15,51%, a R$ 66,37.

Agenda do dia

Indicadores

▪️04h00 – Alemanha/ Destatis: Encomendas à indústria – dez
▪️07h00 – Zona do euro/Vendas no varejo – dez
▪️08h00 – Brasil/FGV: Índice de variação de alugueis – jan
▪️10h30 – EUA/Deptº do Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego
▪️10h30 – EUA/Deptº do Trabalho: Custo unitário da mão de obra – 4º tri

Eventos

▪️08h00 – Presidente Lula concede entrevista a rádios da Bahia
▪️09h00 – Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária
▪️14h30 – Galípolo fala sobre meios de pagtos. em evento do BIS
▪️16h00 – México: Banxico divulga decisão de política monetária
▪️16h30 – Diretor do Fed, Christopher Waller discursa
▪️17h00 – Diretora do Fed de Dallas, Lorie Logan discursa

Balanços

▪️Antes da abertura: ArcelorMittal (Europa), Bombardier (Canadá), ConocoPhillips (EUA)
▪️Após o fechamento: Amazon (EUA)
▪️Sem horário: Société Générale e ING (Europa)