As bolsas globais têm desempenhos positivos no pré-mercado desta sexta-feira (31), impulsionadas pela temporada de balanços das big techs, com destaque para os altos lucros da Apple e Intel. Nos EUA, investidores aguardam o PCE (índice de preços de gastos com consumo pessoal), indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve).
Na quinta-feira (31), os mercados também foram influenciados pela queda do dólar e pelos resultados preliminares do PIB (produto interno bruto) dos EUA no quarto trimestre, que vieram abaixo do esperado por analistas. Investidores seguem repercutindo, também, a decisão do Fed de não alterar a taxa de juros.
As informações preliminares mostraram uma desaceleração de 2,3% no crescimento do PIB dos EUA no último trimestre de 2024, o que veio abaixo do esperado por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 2,5%. Por sua vez, a prévia do PCE avançou 2,3%, depois de uma alta de 1,5% no terceiro trimestre.
Enquanto isso, os pedidos iniciais de seguro-desemprego no país norte-americano atingiram 207 mil na semana finalizada em 25 de janeiro, segundo o Departamento do Trabalho dos EUA. Isto representa uma queda significativa ante os 223 mil na semana anterior e às expectativas do mercado, de 228 mil novos postos.
EUA
Os índices futuros dos EUA estão em alta nesta sexta-feira (31), respondendo aos balanços positivos da Apple e da Intel. Investidores aguardam a divulgação do PCE de dezembro, com expectativas do mercado de aceleração para 0,3% no mês e de 2,6% na comparação anual, de acordo com analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Analistas consultados pelo “Valor” avaliam que há perspectivas para a continuidade de uma tendência de desinflação em 2025, mas isto não deve ser suficiente para que o Fed decida retomar o ciclo de corte de juros. Mas apesar das expectativas de uma política monetária mais restritivas, os dados de quinta-feira (30) mostraram que a economia segue forte.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,20%
S&P 500 Futuro: +0,37%
Nasdaq Futuro: +0,72%
Bolsas asiáticas
As bolsas da Ásia fecharam mistas. Enquanto a de Tóquio registrou alta pelo terceiro pregão seguido, impulsionada por ações no setor da tecnologia e acompanhando NY, Seul teve resultados negativos na volta do feriado. Nos outros mercados do continente, o feriado de ano novo lunar continua.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +0,15%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul): -0,77%
ASX 200 (Austrália): +0,45%
Bolsas europeias
Os mercados europeus alcançaram uma máxima histórica, com impulso de ações da tecnologia e saúde, mesmo ainda com cautela em razão de prazo final para tarifas ditado pelo presidente dos EUA Donald Trump. O balanço da Hexagon, do setor de tecnologia industrial, mostrou uma alta de 6,2%, enquanto Novartis subiu 2,4%.
O corte de juros pelo BCE também influenciou as bolsas positivamente, com expectativas de que haja mais flexibilização, com as preocupações sobre o crescimento.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,23%
DAX (Alemanha): +0,05%
CAC 40 (França): +0,27%
FTSE MIB (Itália): +0,34%
STOXX 600: +0,29%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (30) com alta de 2,82%, aos 126.912,78 pontos. O dólar comercial fechou com baixa de 0,24%, a R$ 5,85.
Às vésperas do final de janeiro, o Ibovespa operou em alta, sustentado pelo forte avanço da Vale (VALE3), bem como pelo efeito positivo da queda dos juros futuros sobre o mercado. Mesmo com a mineradora contribuindo, o bom desempenho do índice veio devido a uma série de fatores. Além disso, o governo central conseguiu cumprir, em 2024, a meta de resultado primário, registrando um déficit de R$ 11 bilhões, o que corresponde a 0,09% do PIB (Produto Interno Bruto).
Radar corporativo
A Neoenergia (NEOE3) registrou um aumento anual de 2,1% na energia injetada no quarto trimestre, chegando a 22.635 GWh (gigawatts-hora), conforme apontou a prévia operacional da companhia divulgada nesta quinta-feira (30). O indicador corresponde à energia distribuída somada às perdas.
Por sua vez, o Itaú Unibanco (ITUB4) protocolou uma ação contra o ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel e o professor de contabilidade Eliseu Martins. A instituição pede a devolução de R$ 3,350 milhões que o ex-executivo teria recebido indevidamente.