As bolsas de Nova York desabam nesta quinta-feira (5), um dia após o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) anunciar o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros. Às 15h (de Brasília), o Dow Jones Industrial recuava 3,06%, aos 33.018. O S&P 500 caía 3,42%, aos 4.152 pontos. Por fim, o Nasdaq tem queda de 4,92%, operando por volta dos 12.321 pontos.
No último fechamento, os índices fecharam em alta de 2,81%, 2,99% e 3,19%, respectivamente. Na quarta-feira (5), as bolsas de Nova York deram um respiro após o presidente do Fed, Jerome Powell, descartar a possibilidade de elevação de 0,75 ponto percentual na taxa de juros norte-americanos nas próximas reuniões do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto).
Antes das declarações do dirigente, o Fed anunciou que iria aumentar em 0,5 ponto percentual na taxa de juros, o que corresponde a uma alta para um intervalo entre 0,75% e 1%. A medida representa o primeiro aumento desta magnitude em 22 anos. Trata-se de uma tentativa de conter a alta da inflação no país, que chega ao seu maior patamar em 40 anos.
O S&P 500 caminha para sua pior sessão desde junho de 2020, com 97% das companhias que compõem o índice em queda. O dólar avança 2,66%, cotado a R$ 5,05, enquantp as taxas dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) dispararam. A taxa do título com vencimento em 10 anos ultrapassou a marca dos 3%.
Além das bolsas de Nova York, as bolsas da Europa também fecharam em queda. Nesta quinta-feira (5), o Banco da Inglaterra (BoE) subiu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual, a 1% ao ano. Trata-se do quarto aumento seguido e o maior nível desde 2009. O BoE também cortou as projeções para a economia do Reino Unido, que agora está à frente de uma recessão.