As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram sua recomendação de compra cortada para neutro pelo Goldman Sachs. Além disso, a casa estipulou um preço-alvo de R$ 14,00. A avaliação do banco norte-americano surge após a companhia registrar números abaixo do esperado no balanço do quarto trimestre de 2022.
Na visão dos analistas do Goldman Sachs, as projeções (guidance) do Bradesco para 2023 foram muito mais conservadoras do que o esperado, indicando que levará tempo para que a lucratividade se recupere.
O banco norte-americano espera que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) siga pressionado neste ano e volte aos patamares de 17% apenas em 2025.
O Goldman Sachs ainda reduziu em 24% sua estimativa de lucro líquido recorrente do Bradesco em 2023, para R$ 20,6 bilhões, com ROE de 12,8%, impulsionado principalmente pelo aumento de custos.
Além disso, o banco espera que a margem financeira líquida (NII) também permaneça fraca, o que levou o banco a reduzir a projeção da margem líquida de juros (NIM, na sigla em inglês).
Em relatório, os analistas da instituição financeira também destacaram que o Bradesco precisará mostrar uma melhora significativa na lucratividade antes que a avaliação possa se recuperar, provavelmente limitando o lado positivo no curto prazo.
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O lucro líquido contábil foi de R$ 1,437 bilhão no último trimestre de 2022, recuo de 54,7% em relação ao mesmo período de 2021. Já a margem financeira total atingiu R$ 16,677 bilhões entre outubro e dezembro, queda de 1,7% na comparação ano a ano.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês), que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi a 13,1%.
A carteira de crédito expandida do Bradesco, por sua vez, somou R$ 891,9 bilhões no quarto trimestre de 2022, avanço de 9,8% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
