2º do ano

Bradesco (BBDC4) precifica emissão de bonds e demanda supera US$ 1 bi

A oferta do Bradesco é a segunda do ano por uma empresa brasileira. A primeira foi da JBS, que captou US$ 1,75 bilhão na semana passada

Bradesco
Bradesco / Foto: Divulgação

O Bradesco (BBDC4) precificou, na tarde desta terça-feira (14), uma emissão de US$ 750 milhões em bonds com prazo de cinco anos e taxa de 6,7% ao ano — inferior à taxa inicial de aproximadamente 7%.

O banco utilizará os recursos para propósitos corporativos gerais. Essa é a primeira vez em três anos que o Bradesco (BBDC4) acessa o mercado de dívida em dólar. Em sua operação mais recente, realizada em janeiro de 2022, o banco captou US$ 500 milhões com títulos rotulados como sustentáveis.

A oferta do Bradesco é a segunda emissão do ano por uma empresa brasileira. A primeira foi da JBS (JBSS3), que captou, por meio de subsidiárias estrangeiras, US$ 1,75 bilhão na semana passada.

Deste montante, US$ 1 bilhão foi emitido com vencimento em dez anos, yield de 5,974% e cupom de 5,95%. Os US$ 750 milhões restantes tiveram prazo de 30 anos, yield de 6,485% e cupom de 6,375%.

A demanda pelos papéis da JBS alcançou quase US$ 10 bilhões, demonstrando o forte apetite do mercado internacional na primeira temporada de captações do ano, conforme destacou o Valor.

Até o final de janeiro, novas ofertas de empresas brasileiras são esperadas. Apesar do avanço dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) poder levar algumas companhias a postergar emissões, a receptividade das ofertas recentes de emissores latinos, somada à baixa movimentação no mercado local, pode favorecer o mercado internacional.

Bradesco propõe assumir ações do Grupo Mover na CCR (CCRO3)

Bradesco BBI está em negociações para adquirir a participação do Grupo Mover na CCR (CCRO3), uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina. O banco enviou uma proposta para se tornar o detentor das ações do grupo na companhia, em um movimento que pode marcar uma mudança significativa na estrutura acionária da CCR, o banco alega inadimplência do grupo diante de dívidas.

De acordo com o portal MoneyTimes, atualmente, o Grupo Mover detém cerca de 15% do capital total da CCR, mas está em um processo de reestruturação de seus ativos. Essa participação é estratégica dentro do bloco de controle da empresa, que inclui ainda os grupos Camargo Corrêa e Soares Penido. O Bradesco BBI, caso a transação seja concretizada, deverá ocupar a posição do Grupo Mover no acordo de acionistas.

A CCR é uma companhia de destaque no setor de concessões, com presença em rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. Uma consolidação da propriedade fiduciária ocorre quando aquele que detém o direito de propriedade fiduciária sobre um bem passa a ser o proprietário pleno dele. Com isso, o Bradesco BBI, um dos principais credores do Mover, tenta assumir as ações da companhia na CCR.