CEO diz

Bradesco (BBDC4) vai usar caixa da EloPar para pagar OPA da Cielo

"Não vamos colocar a mão no bolso, nem nós nem BB”, diz o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha

Bradesco
Foto: Reprodução / Bradesco

O presidente do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, expressou recentemente sua satisfação com o progresso do processo de desinvestimento da Cielo (CIEL3) na bolsa de valores. Ele ressaltou que o pagamento da operação será realizado utilizando o caixa da EloPar.

“A EloPar tem um caixa disponível de R$ 11 bilhões. Temos distribuído 100% de dividendos e continua gerando caixa”, disse a jornalistas ao comentar o balanço do primeiro trimestre.

“Vamos usar o caixa da EloPar para pagar a OPA [oferta pública de aquisição de ações] da Cielo, não vamos colocar a mão no bolso, nem nós nem BB.”

Segundo Noronha, a previsão é que o fechamento da operação ocorra dentro de três ou quatro meses, proporcionando mobilidade e versatilidade à estratégia do banco na área de pagamentos.

Em fevereiro, os acionistas controladores da Cielo, Banco do Brasil e Bradesco, anunciaram a intenção de retirar a empresa de credenciamento da bolsa de valores.

Esse processo está em andamento após uma revisão recente do preço oferecido por ação.

Acionistas minoritários haviam levantado questionamentos sobre o valor inicialmente proposto na oferta.

Bradesco (BBDC4): lucro recua 1,6% e soma R$ 4,211 bi

Bradesco (BBDC4) reportou um lucro líquido de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um recuo de 1,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Em relação ao quarto trimestre de 2023, por sua vez, o resultado representa um aumento de 46,3%.

A carteira de crédito do banco cresceu 1,4% no trimestre, chegando a R$ 889,9 bilhões – o que também representa um acréscimo de 1,2% em 12 meses.

No período, o índice de inadimplência do Bradesco de 15 a 90 dias apresentou redução no comparativo anual e estabilidade no trimestre. Já o índice de inadimplência acima de 90 dias melhorou em todos os segmentos pelo terceiro trimestre consecutivo.

A receita de serviços do Bradesco recuou 1,8% ante o quarto trimestre de 2023 e aumentou 1,3% na comparação anual, terminando março com R$ 8,8 bilhões.

Em relação à administração de fundos do Bradesco, a receita subiu 4,2% no ano, para R$ 813 milhões. Em consórcios, teve alta de 13,7% em um ano, para R$ 648 milhões.

Em contas correntes, a instituição apurou R$ 1,670 bilhão em receitas, volume 9,6% inferior ao do mesmo período do ano anterior, o que segundo o banco, reflete “a estratégia de adequação de portfólio ao perfil dos clientes”.