Mercado

Bradesco BBI elege Grupo Mateus (GMAT3) como preferido do setor 

Considerando o fechamento da véspera, a avaliação do Bradesco BBI representa um potencial de alta de 46% para as ações do Grupo Mateus

Foto: Divulgação / Grupo Mateus
Foto: Divulgação / Grupo Mateus

As estimativas e preferências do setor de varejo de alimentos foram revisadas pelo Bradesco BBI. O objetivo é refletir um cenário mais competitivo no formato atacarejo, por isso, o banco elegeu o Grupo Mateus (GMAT3) como sua principal escolha no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9.

Considerando o fechamento da véspera, essa avaliação representa um potencial de alta de 46%. Em seguida, o Bradesco BBI tem preferência pelo Assaí (ASAI3) e manteve a recomendação compra e preço-alvo para 2025 de R$ 9, ou potencial de alta de 57%. 

No entanto, no caso do Carrefour Brasil (CRFB3), o banco rebaixou a recomendação para neutra, com preço-alvo para 2025 de R$ 7,00, ou alta de 26%.

A avaliação dos analistas do BBI é que o Grupo Mateus apresenta o melhor equilíbrio entre um múltiplo mais atraente (negociando a 9 vezes o múltiplo Preço/Lucro esperado para 2025), uma agenda de crescimento maior (de aproximadamente 18% em base anual nas vendas em 2025) e um balanço patrimonial mais leve em meio ao atual ciclo de alta da taxa de juros, segundo o “InfoMoney”.

Já sobre o Carrefour, o Bradesco BBI apontou que o rebaixamento foi tático e relativo dentro do subsetor, pois levou em conta o desempenho de curto prazo mais fraco esperado, o balanço patrimonial alavancado (3,2 vezes dívida líquida/Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), bem como a confiança cada vez menor de que a lucratividade.

Além disso, em breve o retorno geral pode atingir todo seu potencial, sob as atuais condições econômicas, levando Carrefour Brasil a ser a empresa com mais espaço para revisões negativas de LPA (lucro por ação) em 2025.

Segundo o relatório do BBI, o varejo de alimentos tem se mostrado menos vulnerável a revisões de receita para baixo em comparação com outros subsetores de varejo: uma força valiosa, especialmente em tempos de consumo instável, como agora.

Bradesco BBI rebaixa recomendação de Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5)

Bradesco BBI cortou a recomendação de Gerdau (GGBR4) Usiminas (USIM5) de compra para neutro. O momento do aço brasileiro tem inspirado cautela no banco, considerando os desafios macroeconômicos atuais. 

No segmento de metais básicos, apenas a Vale (VALE3) segue com recomendação de compra. Com a avaliação do Bradesco BBI, a ação da Usiminas caiu 1,84%, enquanto o papel da Gerdau recuou 2,84%, entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (9).

A previsão do BBI é que o aço brasileiro tenha um crescimento limitado este ano, após a demanda por aço no Brasil ter se aproximado de máximas históricas no ano passado. A razão das novas expectativas são os desafios macroeconômicos emergentes em 2025, o que deverá resultar em uma queda do poder de precificação das siderúrgicas.

Para a equipe do Bradesco BBI, as ações de siderúrgicas brasileiras se tornaram menos atraentes, isto por conta das expectativas de menor momentum de lucros, risco de queda nas estimativas de consenso e ausência de geração de fluxo de caixa, de acordo com o “InfoMoney”.

Além de rebaixar a recomendação da Gerdau de compra para neutro, o banco também cortou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 19, refletindo um maior custo de capital no Brasil e um enfraquecimento do momentum de lucros tanto nos EUA quanto no Brasil.

O pico do ciclo do aço no Brasil parece estar se aproximando, é o que acreditam os analistas, que têm perspectivas de taxas de juros mais altas e incertezas econômicas, indicando um crescimento mais lento.

No caso da Usiminas, o preço-alvo foi rebaixado pelo Bradesco BBI de R$ 11 para R$ 6,00 por ação para o final de 2025.