Aço brasileiro

Bradesco BBI rebaixa recomendação de Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5)

Com a avaliação do Bradesco BBI, a ação da Usiminas caiu 1,84%, enquanto o papel da Gerdau recuou 2,84%, nesta quinta-feira (9)

Foto: CanvaPro
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O Bradesco BBI cortou a recomendação de Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) de compra para neutro. O momento do aço brasileiro tem inspirado cautela no banco, considerando os desafios macroeconômicos atuais. 

No segmento de metais básicos, apenas a Vale (VALE3) segue com recomendação de compra. Com a avaliação do Bradesco BBI, a ação da Usiminas caiu 1,84%, enquanto o papel da Gerdau recuou 2,84%, entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (9).

A previsão do BBI é que o aço brasileiro tenha um crescimento limitado este ano, após a demanda por aço no Brasil ter se aproximado de máximas históricas no ano passado. A razão das novas expectativas são os desafios macroeconômicos emergentes em 2025, o que deverá resultar em uma queda do poder de precificação das siderúrgicas.

Para a equipe do Bradesco BBI, as ações de siderúrgicas brasileiras se tornaram menos atraentes, isto por conta das expectativas de menor momentum de lucros, risco de queda nas estimativas de consenso e ausência de geração de fluxo de caixa, de acordo com o “InfoMoney”.

Além de rebaixar a recomendação da Gerdau de compra para neutro, o banco também cortou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 19, refletindo um maior custo de capital no Brasil e um enfraquecimento do momentum de lucros tanto nos EUA quanto no Brasil.

O pico do ciclo do aço no Brasil parece estar se aproximando, é o que acreditam os analistas, que têm perspectivas de taxas de juros mais altas e incertezas econômicas, indicando um crescimento mais lento.

No caso da Usiminas, o preço-alvo foi rebaixado pelo Bradesco BBI de R$ 11 para R$ 6,00 por ação para o final de 2025.

Espera-se que, mesmo com a recente desvalorização, haja uma combinação de baixa visibilidade sobre a evolução dos custos, bem como uma desaceleração da economia brasileira, que dificulta uma reclassificação neste momento.

Sendo assim, a projeção do Bradesco BBI é que o crescimento do volume doméstico seja de 1,0% ano a ano em 2025 (contra +3% anteriormente). 

Além disso, os analistas esperam que os custos do aço permaneçam estáveis no mesmo período (contra queda de 8% anteriormente), um cenário que pode levar o Ebitda de aço a atingir R$ 2,2 bilhões em 2025, abaixo dos R$ 3,2 bilhões que constavam na previsão anterior.

Vale (VALE3) é a principal escolha do Bradesco BBI entre as exportadoras

Vale (VALE3) é a principal escolha do Bradesco BBI entre as exportadoras brasileiras de commodities metálicas para 2025. O banco manteve sua recomendação de “compra” para os ADRs da mineradora negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), ajustando o preço-alvo de US$ 15 para US$ 13, com um potencial de alta de 52,9%.

A Vale se destaca devido à sua sólida geração de caixa e à redução significativa dos riscos de governança, após as ações implementadas pela companhia em 2024.

Por fim, também revisou os preços-alvos para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ajustando de R$ 15 para R$ 9, com um potencial de alta de 16%, e para a CSN Mineração, passando de R$ 6 para R$ 5, com um potencial de valorização de 7,7%, mantendo a recomendação “neutra”.