
O Bradesco BBI contratou o banqueiro George Costa e Silva, que estava no Itaú BBA, para seu setor de mercado de capitais e renda variável, disseram, ao “Valor”, fontes próximas ao assunto. O executivo deve começar a trabalhar no Bradesco em julho.
A contratação ocorre cerca de dois meses depois da notícia da “Bloomberg News” de que a ex-chefe global de mercado de capitais de renda variável do banco, Claudia Bollina Mesquita, estava saindo.
Analistas preveem lentidão no ritmo de ofertas de ações no Brasil neste ano, com a escalada da taxa básica de juros. O volume caiu 17% em 2024, para R$ 29,3 bilhões, segundo dados da “Bloomberg”. Em 2024, o Bradesco.Br nomeou André Moor como seu novo diretor da divisão de banco de investimento
Bradesco vê dólar a R$ 5,90 no fim do ano e Selic cortada em dezembro
O Bradesco revisou sua previsão para a taxa de câmbio, passando de R$ 6,00 para R$ 5,90 por dólar tanto no final deste ano quanto no próximo. Além disso, o banco projeta que o Banco Central ainda realizará um aumento de pelo menos 2 pontos percentuais na taxa Selic, alcançando 15,25%, antes de encerrar o ciclo de aperto monetário. As informações foram retiradas da reportagem do Valor Econômico.
A expectativa é que o primeiro corte da taxa ocorra na última reunião do ano, com a Selic reduzida para 14,75%, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira pela equipe econômica do banco, liderada pelo economista-chefe Fernando Honorato Barbosa.
O Bradesco também revisou suas estimativas para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Em 2024, o banco projeta uma expansão de 1,2% do PIB, um número mais modesto em comparação com as previsões anteriores.
A desaceleração esperada é reflexo de fatores como a continuidade do ciclo de aperto monetário e o impacto das reformas econômicas em andamento.
Já para 2025, a estimativa é de que o crescimento seja um pouco superior, mas ainda abaixo do esperado, em torno de 1,9%. Isso indica que a recuperação econômica será gradual, com desafios em termos de estímulo ao consumo e à atividade produtiva.
Em relação à inflação, o Bradesco acredita que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguirá em patamares elevados nos próximos anos, permanecendo próximo dos 5% tanto em 2024 quanto em 2025.
Isso está relacionado ao custo mais alto do crédito, à volatilidade dos preços das commodities e à pressão sobre os preços administrados.
O banco acredita que o controle da inflação será uma tarefa difícil para o Banco Central, que precisará de uma combinação de ajustes na Selic e outras medidas econômicas para conseguir convergir para a meta de 3% em 2026.