O Bradesco (BBDC3) fez planos para ampliar neste ano tanto sua equipe quanto o volume de novas operações no chamado segmento de alta renda e de private banking. O banco quer ampliar em mais de 40% o número de especialistas em investimentos voltados para o Prime, chegando a 2.000 até o fim do ano, em comparação aos atuais 1.400 profissionais.
O diretor global da área, Augusto Miranda, conta que o plano para o setor private do Bradesco é aumentar o total sob gestão em torno de R$ 50 bilhões e atrair mais 400 famílias. “Hoje, temos aproximadamente R$ 415 bilhões sob gestão e 10 mil famílias”, diz Miranda. O segmento reúne clientes com mais de R$ 5 milhões em investimentos.
A meta de crescimento para 2023 vem depois de um ano positivo em termos de crescimento, segundo Miranda. “2022 foi o melhor ano em termos de captação de recursos e também no crescimento no número de famílias”
“Estamos caminhando para aumentar o tíquete inicial de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões”, diz Miranda. O novo montante ficaria alinhado ao padrão no exterior, que é em torno de US$ 2,5 milhões. Diferente ao da ao da alta renda, o private banking tende a ter um aumento no tíquete inicial.
Segundo o diretor global, a mudança será feita por dois motivos: a capacidade de o Prime atender clientes com recursos até o novo patamar e também pela valorização do patrimônio das famílias já atendidas.
Em 2022, cerca de 300 famílias passaram a ser clientes do Bradesco Private Banking. Segundo ele, dois fatores apoiaram esse crescimento: a maturação dos acordos firmados com o JP Morgan e com o BNP Paribas e o “cross-selling” com o banco de atacado. “Existe uma sinergia muito grande entre o banco de atacado e o private banking”, diz Miranda.