O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgado ao mercado na manhã desta segunda-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), destaca que o nível de incerteza da economia do Brasil é o menor desde novembro de 2017.
Visto que, o IIE-Br caiu 4,12 pontos em julho, atingindo 103,5 pontos. Em novembro de 2017, o índice estava em 103,21. Sendo assim, nos últimos quatro meses, o indicador acumula recuo de 13,2 pontos em relação a economia no Brasil.
Vale destacar que, esses indicador é uma média ponderada de dois componentes, entre eles, o IIE-Br Mídia, que leva em conta a frequência de notícias com menção à incerteza nos principais jornais do país; e o IIE-Br Expectativa, registrado com base nas previsões do mercado financeiro para a taxa de câmbio, juros e inflação.
Expectativas para a economia
“Enquanto nos três meses anteriores a queda do IIE-Br havia sido determinada exclusivamente pelo componente de mídia, em julho o resultado é influenciado também pelo componente de expectativas. Com a desaceleração da inflação ficando mais clara, observa-se redução da heterogeneidade nas previsões de 12 meses tanto para o IPCA (considerado a inflação oficial do país) quanto para a taxa Selic”, explica Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Nesse sentido, no mês de julho, o componente de Mídia caiu 2,6 pontos, menor nível desde fevereiro de 2015. O componente de Expectativas, por sua vez, recuou 8,2 pontos.
Para a economista do FGV IBRE, a queda do IIE-Br nos últimos meses tem relação com a melhoria das perspectivas para o cenário macroeconômico do país, com redução também das incertezas fiscais e políticas.
“A continuidade desse quadro dependerá tanto da recuperação da atividade econômica no Brasil quanto da manutenção de uma relação colaborativa e sinérgica entre as esferas do governo”, concluiu Anna Carolina.