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Brasil corre risco de recessão em 2025, afirma Bradesco (BBDC4)

Em entrevista ao programa Veja Mercado, Honorato discorre sobre a decisão do BC de aumentar a taxa de juros e relembra do risco

Foto: Egberto Nogueira/Divulgação
Foto: Egberto Nogueira/Divulgação

O Brasil corre risco de entrar em recessão logo no segundo semestre de 2025, afirma Fernando Honorato, economista-chefe do banco Bradesco (BBDC4).

Em entrevista ao programa Veja Mercado, Honorato discorre sobre a decisão do BC (Banco Central) de aumentar a taxa de juros e relembra do risco de que a economia do País esfrie mais do que o planejado.

“É exatamente o que nós esperamos. Nós antevemos que com o juro a 15,25% ao ano, nossa projeção atual, a economia brasileira estará em recessão no segundo semestre”, alerta o economista.

Efeitos no 2º trimestre

Honorato aposta no agro como animador do PIB no primeiro semestre do ano. Passado a animação inicial, a desaceleração sob efeito dos juros altos serão sentidas principalmente no consumo a partir do segundo e terceiro trimestre de 2025.

“A nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, salientou o representante do banco. Honorato também lembrou que a ausência de investimento terá grande peso na queda de produtividade nacional do Brasil.

Brasil caminha para uma recessão? Especialistas avaliam

O crescimento das preocupações do mercado em relação à política fiscal brasileira e à resistência da inflação potencializaram a ideia de que o país pode estar caminhando para uma recessão.

Em contrapartida, indicadores evidenciam a menor taxa de desemprego desde 2014 e indicam crescimento da economia – como o IBC-Br, prévia do PIB, de agosto. Sinais aparentemente controversos levantam a dúvida se há, de fato, uma contração no ciclo econômico a caminho ou um pessimismo exacerbado.

O BP Money veiculou uma avaliação do economista-chefe André Perfeito, sócio da APCE, sobre os ânimos do mercado após falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da expansão do programa Minha Casa Minha Vida e a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para rendas de até R$ 5 mil.

Segundo ele, o mercado não apenas espera, mas está construindo um cenário de recessão com o objetivo de trazer a inflação ao centro da meta em 2026.