Mercado de trabalho

Brasil tem desemprego de 7,8% no trimestre até fevereiro

Mediana das previsões da Reuters era de que a taxa ficaria em 7,8 por cento por cento no período

Carteira de trabalho / Divulgação
Carteira de trabalho / Divulgação

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,8% nos três meses até fevereiro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta quinta-feira (28).

Na pesquisa realizada pela Reuters, a mediana das previsões indicava que a taxa de desemprego permaneceria em 7,8% para o período em questão.

O economista da Highpar, Maykon Douglas, avalia que mais pessoas voltaram para o mercado de trabalho, o que elevou ligeiramente a taxa de participação para 62,1%, também na série com ajuste.

“Mas isto foi mais que compensado por um aumento na população ocupada, puxado pelo emprego formal, visto que o informal caiu na margem”, pontuou.

“Os rendimentos médios continuam se acelerando na série sem os efeitos sazonais. Somado ao aumento do emprego, isto elevou a massa de rendimentos, mas a um ritmo menor do que o resultado anterior”, observou o economista.

Por fim, Maykon Douglas destaca que, a leitura mostra um mercado de trabalho ainda resiliente, cuja renda em alta é o maior reflexo disto. “O BC continuará de olho no tema, por seu efeito direto sobre a inflação de serviços”.

Brasil cria 306,1 mil vagas de emprego em fevereiro

Brasil gerou 306.111 postos de trabalho formais em fevereiro, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (27) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número é superior aos 53.624 empregos gerados no mesmo período em 2023.

Foi o melhor mês de fevereiro da história em geração de postos de trabalhos formais no Brasil, ficando atrás somente de 2021 e 2022.

O resultado de fevereiro deste ano é decorrente de 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos. Levando um total de 474.614 empregos acumulados no ano, ficando positivo nos grandes grupamentos de atividades econômicas.

Os destaques para os grupamentos em fevereiro ficaram para o crescimento do setor de Serviços (+193.127) e Indústria (+54.448). Os demais grupamentos, compostos pela Construção, Comércio e Agropecuária, apresentaram um crescimento mais contido em relação aos destaques.

No acumulado do ano, o maior avanço na geração de emprego formal foi para o setor de Serviços, com saldo de 268.908 postos formais de trabalho. A indústria teve um total de 120.004 empregos formados, enquanto a Construção gerou 81.774 e a Agropecuária, 25.751 vagas.

O MTE apontou que a maior parte dos empregos gerados em fevereiro foi para jovens entre 18 e 24 anos (137.406 postos).

Seguindo as características populacionais, houve mais postos de trabalho gerados para pessoas do sexo feminino (159.186) do que para o sexo masculino (146.973).