As ações da Braskem (BRKM5) fecharam com forte alta nesta sexta-feira (5), após a estatal Adnoc, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, oferecer até R$ 37,5 bilhões pelo controle da companhia, pertencente a Novonor (ex-Odebrecht). O papel PNA da empresa fechou com saldo positivo de 25,39%, cotado a R$ 24,10.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a operação será feita em parceria com o fundo americano Apollo e apresentada a representantes dos principais credores da Braskem — Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), BNDES, Bradesco e Safra. Para exercer o controle, a Adnoc quer pagar prêmio de 135% sobre o valor das ações, ou R$ 47 por ação.
Os bancos receberiam parte da dívida de R$ 14 bilhões em dinheiro e a diferença seria convertida em dívida com a nova companhia. O preço de R$ 47 por ação será estendido a todos os acionistas da companhia atualmente, inclusive fundos de investimento com participação minoritária.
Ainda de acordo com à publicação, a proposta também inclui que a Adnoc assuma o problema causado pela Braskem em Alagoas, onde ocorreu o afundamento do solo em Maceió.
O resultado do primeiro trimestre de 2023 da companhia será apresentado na próxima segunda-feira (8), antes da abertura do pregão.
Braskem: Justiça bloqueia R$ 1,1 bi de contas da empresa
A 16ª Vara de Justiça de Alagoas bloqueou o valor de R$ 1,08 bilhão das contas bancárias da Braskem a pedido do Governo do Estado, que alegou prejuízos sofridos após o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió. A decisão do juiz José Cavalcanti Manso Neto, foi publicada na quarta-feira (19) e ainda cabe recurso.
Em comunicado emitido ao mercado, a Braskem informou “que tomará as medidas pertinentes nos prazos legais aplicáveis e manterá o mercado informado sobre qualquer desdobramento relevante sobre o assunto”.
O dinheiro bloqueado é para garantia do pagamento das indenizações relativas aos danos patrimoniais – materiais e imateriais, sofridos pelo Estado. A ação foi impetrada pela Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE).